Já circula nos corredores do PT de São Paulo que o deputado estadual Rui Falcão está arregaçando as mangas da camisa para começar a pré-campanha a prefeito de São Paulo. Se Falcão de fato "colocar seu nome à disposição do partido", como gostam de dizer os petistas, será o segundo político ligado à ex-prefeita Marta Suplicy a tentar a vaga - Jilmar Tatto já declarou que é pré-candidato e faz parte do grupo "martista". Também já estão na parada os deputados federais José Eduardo Cardozo e Arlindo Chinaglia, que hoje ocupa interinamente a presidência do Brasil. É possível que as correntes mais radicais também lancem nomes para as prévias. Se Marta decidir concorrer, porém, todos deverão retirar suas pré-candidaturas, à exceção talvez dos radicais de esquerda.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
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