Em mais uma colaboração para o blog, Jorge Rodini, diretor do instituto Engrácia Garcia de pesquisas analisa o levantamento divulgado hoje pelo instituto Sensus, em pesquisa para a Confederação Nacional dos Transportes sobre a sucessão do presidente Lula em 2010. Leia abaixo a análise do especialista:
A pesquisa CNT/Sensus divulgada neste 15 de outubro de 2007 ratifica o perfil do eleitor mais fiel a Lula: homem, nordestino, morador dos pequenos municípios da zona rural, com mais de 59 anos, baixa escolaridade e renda familiar até 1 Salário Mínimo.
Sem se constituir em uma surpresa, este resultado demonstra a solidez da ponte que Lula construiu entre o Palácio do Planalto e os mais desassistidos. Sua linguagem é entendida de maneira clara, cristalina e parece se fortificar a cada dia dentro desta multidão carente de proteção.
Por outro lado, ao compararmos o desempenho de José Serra (PSDB), Geralddo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PSB) e Aécio Neves ((PSDB) em uma extensa lista de pré-candidatos, verificamos que o ex-governador de São Paulo lidera na região Sul, Aécio está na frente no Sudeste, Ciro é primeiro no Nordeste e Serra é o favorito no Norte/Centro-Oeste. As candidaturas mais homogêneas são as Serra e Alckmin, que não tem votações pífias em nenhumas das regiões, ao contrário dos demais.
Na disputa com Aécio e a ministra Dilma Roussef, a Dilma de Ferro do Planalto, Ciro leva vantagem por sua votação no Nordeste. Aécio só consegue destaque entre os mais velhos, os mais ricos e os mais escolarizados.
Quando a disputa é com Serra, Ciro leva desvantagem, porque sua liderança no Nordeste em relação ao concorrente não faz frente com a obtida pelo governador paulista nas outras regiões. Neste cenário, Serra tem a base do seu eleitorado no Sul, nos pequenos municípios, na zona rural, entre os mais jovens, com uma homegeneidade grande nos vários segmentos de escolaridade e renda, o que demonstra o caráter nacional de sua candidatura.
Cada vez fica mais clara a dificuldade de Lula em achar um candidato que contemple sua vontade, a do PT e de seus eleitores. Ciro é um bom candidato, pode ir para o segundo turno tendo como concorrente Serra ou Alckmin, mas parece não ser digerido pelo PT. Dilma caiu no gosto de Lula, mas tem um longo caminho de votos a trilhar. E o PT? Marta? Chinaglia? Tarso?
Nesta lista quilométrica de pré-candidatos, ninguém mais se destaca. E como Lula tem avaliação popular extremamente positiva, nem FHC recebe os louros da Nação.
Para o presidente das declarações simpáticas ao povão, resta torcer para que a economia continue sendo bem avaliada, que o PAC se dissemine e também para que a inflação permaneça domada. E, principalmente, para que seu candidato ideal seja o preferido pelo PT e pelos fiéis seguidores lulistas.
A pesquisa CNT/Sensus divulgada neste 15 de outubro de 2007 ratifica o perfil do eleitor mais fiel a Lula: homem, nordestino, morador dos pequenos municípios da zona rural, com mais de 59 anos, baixa escolaridade e renda familiar até 1 Salário Mínimo.
Sem se constituir em uma surpresa, este resultado demonstra a solidez da ponte que Lula construiu entre o Palácio do Planalto e os mais desassistidos. Sua linguagem é entendida de maneira clara, cristalina e parece se fortificar a cada dia dentro desta multidão carente de proteção.
Por outro lado, ao compararmos o desempenho de José Serra (PSDB), Geralddo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PSB) e Aécio Neves ((PSDB) em uma extensa lista de pré-candidatos, verificamos que o ex-governador de São Paulo lidera na região Sul, Aécio está na frente no Sudeste, Ciro é primeiro no Nordeste e Serra é o favorito no Norte/Centro-Oeste. As candidaturas mais homogêneas são as Serra e Alckmin, que não tem votações pífias em nenhumas das regiões, ao contrário dos demais.
Na disputa com Aécio e a ministra Dilma Roussef, a Dilma de Ferro do Planalto, Ciro leva vantagem por sua votação no Nordeste. Aécio só consegue destaque entre os mais velhos, os mais ricos e os mais escolarizados.
Quando a disputa é com Serra, Ciro leva desvantagem, porque sua liderança no Nordeste em relação ao concorrente não faz frente com a obtida pelo governador paulista nas outras regiões. Neste cenário, Serra tem a base do seu eleitorado no Sul, nos pequenos municípios, na zona rural, entre os mais jovens, com uma homegeneidade grande nos vários segmentos de escolaridade e renda, o que demonstra o caráter nacional de sua candidatura.
Cada vez fica mais clara a dificuldade de Lula em achar um candidato que contemple sua vontade, a do PT e de seus eleitores. Ciro é um bom candidato, pode ir para o segundo turno tendo como concorrente Serra ou Alckmin, mas parece não ser digerido pelo PT. Dilma caiu no gosto de Lula, mas tem um longo caminho de votos a trilhar. E o PT? Marta? Chinaglia? Tarso?
Nesta lista quilométrica de pré-candidatos, ninguém mais se destaca. E como Lula tem avaliação popular extremamente positiva, nem FHC recebe os louros da Nação.
Para o presidente das declarações simpáticas ao povão, resta torcer para que a economia continue sendo bem avaliada, que o PAC se dissemine e também para que a inflação permaneça domada. E, principalmente, para que seu candidato ideal seja o preferido pelo PT e pelos fiéis seguidores lulistas.
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