O que vai abaixo é o artigo do autor destas Entrelinhas para o Shopping News, que circula nesta quinta-feira com o DCI. Em primeira mão para os leitores do blog:
A semana do feriado da padroeira do Brasil, Nossa Senhora de Aparecida, não foi lá muito santa, para dizer o mínimo. Começou com uma polêmica entre o apresentador Luciano Huck e o rapper Ferréz sobre a violência nas metrópoles e terminou com a beldade Mônica Veloso na Playboy, para deleite dos senadores (e, pasmem, uma senadora) flagrados em plenário acessando o ensaio da morena em seus computadores portáteis. Os dois episódios são emblemáticos do atual momento brasileiro.
No primeiro caso, trata-se de uma discussão iniciada por um talentoso apresentador da TV Globo que, após ser vítima de um assalto em que perdeu um Rolex, resolveu escrever um artigo para um grande jornal expressando a sua indignação. O mais interessante no artigo, porém, não foi a indignação do articulista, mas o seu tom ensimesmado – “Luciano Huck foi assassinado. Manchete do Jornal Nacional”, assim começa o texto do modesto apresentador. Na segunda-feira (8), o mesmo jornal abriu espaço para Ferréz trazer a “versão” (ficcional, é bom deixar claro), do “correria” que levou o relógio de Huck. “A hora estava se aproximando, tinha um braço ali vacilando. Se perguntava como alguém pode usar no braço algo que dá pra comprar várias casas na sua quebrada. (...) No final das contas, todos saíram ganhando, o assaltado ficou com o que tinha de mais valioso, que é sua vida, e o correria ficou com o relógio.”
Sobre Mônica Veloso, não é preciso explicar muito: finalmente chegou às bancas a esperada edição da Playboy com a ex-namorada de Renan Calheiros do jeito que veio ao mundo. Claro que Brasília inteira foi conferir os atributos da moça.
A soma dos dois episódios revela que há algo meio doentio em uma sociedade que valoriza a exposição pública de atos moralmente duvidosos. Huck perdeu a chance de ficar quieto e chorar seu Rolex ao seu amigo José Serra; Ferréz fez uma defesa simpática porém demagógica do assaltante. E de Mônica Veloso pode-se dizer que, no Brasil, toda nudez será premiada. Não é pouca coisa...
A semana do feriado da padroeira do Brasil, Nossa Senhora de Aparecida, não foi lá muito santa, para dizer o mínimo. Começou com uma polêmica entre o apresentador Luciano Huck e o rapper Ferréz sobre a violência nas metrópoles e terminou com a beldade Mônica Veloso na Playboy, para deleite dos senadores (e, pasmem, uma senadora) flagrados em plenário acessando o ensaio da morena em seus computadores portáteis. Os dois episódios são emblemáticos do atual momento brasileiro.
No primeiro caso, trata-se de uma discussão iniciada por um talentoso apresentador da TV Globo que, após ser vítima de um assalto em que perdeu um Rolex, resolveu escrever um artigo para um grande jornal expressando a sua indignação. O mais interessante no artigo, porém, não foi a indignação do articulista, mas o seu tom ensimesmado – “Luciano Huck foi assassinado. Manchete do Jornal Nacional”, assim começa o texto do modesto apresentador. Na segunda-feira (8), o mesmo jornal abriu espaço para Ferréz trazer a “versão” (ficcional, é bom deixar claro), do “correria” que levou o relógio de Huck. “A hora estava se aproximando, tinha um braço ali vacilando. Se perguntava como alguém pode usar no braço algo que dá pra comprar várias casas na sua quebrada. (...) No final das contas, todos saíram ganhando, o assaltado ficou com o que tinha de mais valioso, que é sua vida, e o correria ficou com o relógio.”
Sobre Mônica Veloso, não é preciso explicar muito: finalmente chegou às bancas a esperada edição da Playboy com a ex-namorada de Renan Calheiros do jeito que veio ao mundo. Claro que Brasília inteira foi conferir os atributos da moça.
A soma dos dois episódios revela que há algo meio doentio em uma sociedade que valoriza a exposição pública de atos moralmente duvidosos. Huck perdeu a chance de ficar quieto e chorar seu Rolex ao seu amigo José Serra; Ferréz fez uma defesa simpática porém demagógica do assaltante. E de Mônica Veloso pode-se dizer que, no Brasil, toda nudez será premiada. Não é pouca coisa...
Só dá para falar uma coisa: este tal de Ferrez é um
ResponderExcluirRETARDADO MENTAL!