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Mostrando postagens de junho, 2006

Ainda sobre as pesquisas eleitorais

O jornalista Fernando Rodrigues fez as contas e publicou em seu blog uma boa análise sobre os números divulgados nesta sexta-feira pelo instituto Datafolha. A melhor observação de Rodrigues está no final do artigo, quando ele soma as votações de todos os adversários do presidente Lula. Hoje, Lula tem 46% e os demais candidatos, 38%. Há um mês, a soma de todos os adversários era de 37% contra 45% de Lula. Nos dois casos, a mesma diferença: 8 pontos percentuais. Isto revela, segundo o raciocínio de Rodrigues, que Alckmin conseguiu atrair praticamente todo o eleitorado dos candidatos que desistiriam (Roberto Freire e Enéas Carneiro). É um grande feito, sem dúvida, mas não modifica em quase nada o problema central, isto é, não agrega votos o suficiente para garantir um segundo turno. As próximas pesquisas, especialmente as do final de julho, serão mais importantes para os estrategistas das duas campanhas do que as que foram divulgadas nesta sexta. Primeiro, porque mostrarão se realmente

Alckmin ganha sobrevida com pesquisas

A candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) deve ganhar fôlego com a subida do candidato em duas pesquisas que serão divulgadas nesta sexta-feira, realizadas pelos institutos Vox Populi e Datafolha. Os números ainda não são oficiais, mas já circulam nas redações. A pesquisa Vox Populi é mais favorável ao tucano, pois mostra uma melhora na popularidade do ex-governador e, ao mesmo tempo, queda nas intenções de voto em Lula. Alckmin teria hoje 32% ante 23% do levantamento anterior. Lula teria caído de 49% para 45%. No Datafolha, Lula subiu de 45% para 46% e Alckmin, de 23% para 29%. Somando as duas pesquisas e fazendo uma média, o resultado é praticamente o mesmo: Lula hoje teria cerca de 45% dos votos, o suficiente para garantir a vitória no primeiro turno, porque na conta de votos válidos (excluindo brancos e nulos), ele beira os 60%. E Alckmin está na faixa dos 30%. É evidente que a melhora nas pesquisas vem em excelente momento para Geraldo Alckmin. Sua candidatura estava

Fifa não quer o Brasil campeão?

O jornalista Juca Kfouri divulgou uma interessante “teoria da conspiração” para provar que o Brasil não será campeão do mundo neste ano. Segundo ele, a arbitragem vai começar a prejudicar a seleção brasileira a partir do jogo contra a França e dificultará bastante o trabalho dos jogadores comandados por Carlos Alberto Parreira nos gramados da Alemanha. O raciocínio de Kfouri é coerente, talvez coerente demais para ser verdadeiro: segundo o jornalista, a história toda começa porque a Fifa não quer o hexa: “Não quer para não fortalecer Ricardo Teixeira que aspira o posto de Josep Blatter nas eleições de 2007”, escreveu Juca e seu blog na internet. “Blatter se sente traído pelo cartola brasileiro e por isso até já começou a falar que há outros candidatos para sediar a Copa de 2014 - Copa que era dada como favas contadas de que seria no Brasil”, continua a teoria conspiratória. “A Fifa teme que o hexa se converta em octa, caso a Copa seja mesmo no Brasil, pois não passa pela cabeça de n

Cesar Maia chuta. Bem longe do gol?

O prefeito Cesar Maia, observador da imprensa bissexto, tentou na edição desta quinta-feira de seu "ex-blog" criar mais um factóide contra seus adversários políticos. Insinuou que o jornal gratuito que será lançado em São Paulo estará a serviço do presidente Lula. Pode ser que Maia tenha informações que este blog não dispõe, mas a versão do prefeito é estranha. O Destak , como se chamará o novo jornal, será dirigido por Fábio Santos, que trabalhava com Reinaldo Azevedo na revista e site Primeira Leitura , recém-fechados. Se o diretor do novo jornal mantiver a linha do veículo em que trabalhava antes, quem terá que se preocupar com a concorrência é a revista Veja , guardiã do anti-lulismo no País. Abaixo, a nota que saiu no ex-blog do prefeito do Rio de Janeiro. JORNAL TIPO METRÔ! OU MANIPULAÇÃO DE LULA? Bem, essa era uma tendência natural. Os donos do Correio da Manhã de Lisboa são os sócios estrangeiros. O que assusta é o nome Trevisan. Será que Lula-PT não está

Foto de Helena irrita integrantes do PSOL e PSTU

A fotografia publicada hoje na Folha de S. Paulo da senadora Heloísa Helena, candidata do PSOL à Presidência da República, comemorando um dos gols da seleção brasileira ao lado dos colegas Eduardo Suplicy (PT), Tasso Jereissati (PSDB) e Patrícia Saboya (PPS) causou indignação em integrantes do PSTU, que apóia a candidatura da senadora, e do próprio PSOL. O que mais irritou a militância foi o fato de a senadora ter aceitado assistir o jogo na casa de Saboya, ao lado de Tasso e Suplicy, simbolizando que também ela faz parte da "confraria" que, no poder ou na oposição, convive harmoniosamente nos salões e palácios da República. "Jogo do Brasil a gente assiste na companhia de amigos", diz, inconformado, um ex-petista que ajudou a construir o PSOL e está cada vez mais desiludido com os rumos da candidatura. Os esquerdistas da frente que apóia Helena, porém, não viram tudo. A foto ao lado, em que a senadora ajuda seu colega Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM), não foi devida

Alckmin quer comparar melancia com banana

O ex-governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à presidência da República, adora dizer que "eleição é comparação" e que quando os eleitores puderem "comparar", vendo os programas dos partidos na televisão, rejeitarão Lula e o elegerão presidente do Brasil. Nesta terça-feira de vitória da seleção na Copa, os repórteres de todos os veículos importantes da imprensa brasileira foram perguntar a Alckmin o que ele havia achado do discurso de Lula em que o presidente comparou a gestão petista no governo federal com a gestão tucana de Fernando Henrique Cardoso. Alckmin qualificou a estratégia de Lula como "atrasada" e recusou-se a falar sobre os números do governo FHC. Depois, disse que iria comparar a sua própria gestão no governo de São Paulo com "o que não foi feito" no plano federal. Com tudo isso, Geraldo Alckmin atentou contra a lógica formal e cometeu dois equivocos: em primeiro lugar, assim como não é possível comparar banana com melancia,

Coincidência ou prudência?

No domingo passado, o jornal Folha de São Paulo deu a seguinte manchete: " Lula distribui concessões de TV a políticos". Um título forte, que foi inclusive comentado neste blog. Pois não é que uma semana depois, no Diário Oficial de segunda-feira, 26 de junho, nas páginas de despachos da Presidência da República, aparece uma mensagem (de número 474, na página 6 do DOU, para quem quiser conferir) solicitando ao Congresso Nacional a retirada de tramitação dos processos de radiodifusão "abaixo relacionados". A relação "abaixo relacionada" tem 3 páginas e meia. No total, são exatamente 225 processos de concessão e/ou renovação que o presidente mandou retirar. Coincidências ocorrem, mas neste caso é melhor lembrar o ditado: prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém...

Empresária deve disputar a presidência

O PRP deve confirmar nesta quinta-feira mais um nome na eleição para a presidência da República. A empresária paulista Ana Maria Rangel será a segunda mulher na disputa – a senadora Heloísa Helena (PSOL) é a outra – e o partido negocia uma coligação com PSL, PTdoB, PTN e PHS. Se concretizada a aliança, Rangel pode ficar com praticamente o mesmo tempo de Helena na propaganda no rádio e televisão. A assessoria do PRP informou que Ana Maria Rangel é dona de uma empresa de ônibus em Houston, Estados Unidos, onde está radicada. Ela teria aceitado voltar para o Brasil para concorrer à presidência do País.

Parreira se aborreceu, mas a Globo fez o que devia

A TV Globo exagerou ao pedir desculpas ao técnico Carlos Alberto Parreira após ter revelado, por meio de leitura labial, no programa Fantástico , algumas frases ditas por ele a outros integrantes da comissão técnica da seleção brasileira durante o jogo contra o Japão, na semana passada. Ao contrário de Luiz Felipe Scolari, técnico de Portugal, Parreira faz o tipo "gentleman" – dá entrevistas em inglês, trata a todos com cortesia e dificilmente perde a paciência com as cobranças dos jornalistas – e tem razão de estar aborrecido com a divulgação das frases em que aparece dizendo palavrões. A Globo, porém, não precisava se aborrecer, muito menos pedir desculpas. Tudo que um homem público diz é notícia. A história de Parreira lembra outra, que aconteceu com o então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2002, durante a campanha, Lula resolveu fuma brincadeira com seu correligionário Fernando Marroni, à época prefeito de Pelotas, e disse: "Pelotas é um pólo exp

Se todo o resto falhar...

Charge do Agê, que estará no jornal DCI na edição desta terça-feira.

Datafolha vai a campo na quarta e quinta-feira

O instituto Datafolha vai pesquisar a intenção de votos para eleição presidencial nesta quarta e quinta-feira. Serão quase três mil entrevistas para verificar a evolução da popularidade dos candidatos. É provável que o resultado da enquete seja divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo na sexta-feira ou no domingo. Será a primeira pesquisa nacional realizada após as inserções dos programas de propaganda do PFL e PSDB no rádio e televisão. O Ibope já realizou um levantamento depois dos ataques da oposição ao presidente Lula, mas as entrevistas ficaram restritas ao Rio Grande do Sul. Os resultados do Ibope estão comentados em nota lobo abaixo e não foram nada bons para o tucano Geraldo Alckmin. A expectativa em torno da pesquisa Datafolha no PSDB é enorme: se Geraldo, como o candidato passou a ser chamado, não se mexer, a "cristianização" será inevitável e as lideranças regionais passarão a cuidar de suas eleições, deixando o presidenciável a ver navios.

Historiador Eric Hobsbawm fala sobre a Copa

O assunto do momento é a Copa do Mundo. No Brasil, quase ninguém fala em outra coisa senão no confronto com o time de Gana e na contusão do jogador Robinho. Sem fugir de seu foco de site voltado para os movimentos sociais, política e economia, a Agência Carta Maior publicou uma interessante entrevista com um dos mais importantes historiadores da atualidade, Eric Hobsbawm, justamente sobre a Copa do Mundo. Confira abaixo o que ele diz sobre a relação entre política e futebol. E clique aqui para ler a íntegra da entrevista. "O senhor acredita que a Copa do Mundo tem algum caráter político, bom ou ruim? Hobsbawm – A Copa, em si, provavelmente não tem nenhum fundo político em particular, mas, assim como as Olimpíadas, é quase certo que esteja vulnerável às pressões e às promessas diplomáticas ou de outra natureza dos países mais poderosos. Infelizmente, vencer a Copa deve certamente beneficiar o regime do país, como aconteceu na Argentina durante a ditadura militar, independente,

Resultado da pesquisa Ibope no Rio Grande do Sul é mais uma dor de cabeça para Geraldo Alckmin

A pesquisa realizada pelo Ibope entre os dias 19 e 22 deste mês, apenas no Rio Grande do Sul, traz mais uma má notícia para Geraldo Alckmin (PSDB): mesmo após as inserções dos programas do PSDB e PFL, o presidente Lula segue na frente, com 39% das intençõs de voto contra 26% de Alckmin. Os tucanos estão trabalhando com afinco para que a votação nas regiões sul e sudeste compense a enorme diferença a favor de Lula que existe no norte e nordeste, e os números de Alckmin no Rio Grande são desanimadores. É certo que no Sul Lula está bem abaixo da sua média nacional, de 48%, mas o problema é que Alckmin não consegue superar muito a casa dos 25%. Do ponto de vista tucano, para compensar o estrago que o bolsa família faz entre os eleitores do norte e nordeste, Alckmin teria que abrir uma boa diferença a seu favor no Sul – o ideal seria que o placar divulgado pelo Ibope estivesse invertido. Não é possível comparar o número da pesquisa Ibope com as anteriores, já que o instituto realizou a sua

MR-8 não poupa José Serra

Está impagável a capa do jornal Hora do Povo desta semana. Para ler as matérias, é preciso acessar o site da publicação, que é vinculada ao Movimento Revolucionário 8 de Outubro, mas conhecido por MR-8.

Ombudsman critica a cobertura realizada pela Folha de S. Paulo sobre a campanha eleitoral

O ombudsman da Folha de S. Paulo , jornalista Marcelo Beraba, continua desgostoso com a cobertura que o jornal está realizando sobre as eleições deste ano. Na sua crítica interna de quinta-feira, disponível na internet ( clique aqui para ler a íntegra do comentário do ombudsman), Beraba diz que "falta análise, interpretação e bastidores" aos textos que o jornal vem publicando. E reprova a divulgação dos ataques entre candidatos e correligionários. Abaixo, a nota da Crítica Interna em que Marcelo Beraba comenta a cobertura eleitoral da Folha . Foi a segunda vez em duas semanas que o ombudsman puxou a orelha da redação por este motivo. Eleições 2006 A cobertura eleitoral da Folha continua centrada nos ataques entre candidatos e correligionários. Não é que não considere importante reproduzir os discursos da convenção do PFL. Mas acho que a confirmação oficial do acordo não deveria se restringir aos ataques. Falta análise, interpretação, bastidores, um texto que informe o que s

Um pouco de sociologia de botequim

O Brasil sempre vive um período de comoção geral durante as Copas do Mundo, mas a sensação que se tem neste ano é que não há outro assunto que não as partidas do escrete canarinho. Como diria o presidente Lula, “nunca antes neste país” se discutiu tanto futebol quanto agora. É evidente que a mídia tem um papel importante para criar este clima e a cobertura da Copa na TV, rádio, internet e jornais é a mais intensa que já se viu. Ironicamente, só a Rede Globo detém os direitos de transmissão do evento, mas isto não tem impedido que as outras emissoras aproveitem o assunto em mesas-redondas, debates e nos programas noticiosos. Para não falar da hiper-exposição da Copa nos intervalos comerciais, onde praticamente só se assiste a peças de propaganda com algum “gancho” futebolístico. A cobertura intensa da mídia (e dos patrocinadores), no entanto, não explica totalmente o clima de comoção criado neste ano. Pode parecer sociologia de botequim, e deve ser mesmo, mas a verdade é que esta seleçã

Gente que sofre

Charge do Agê, que estará na edição desta sexta no DCI

Quércia vai disputar o governo do Estado

Batido o martelo: o ex-governador Orestes Quércia será o candidato do PMDB ao governo de São Paulo. Os nomes dos candidatos a vice e senador estão em aberto e serão conhecidos na convenção estadual do partido, no sábado, ou mesmo depois dela, se os convencionais decidirem esticar o prazo para as negociações com outros partidos. Durante a divulgação da candidatura, no início da tarde desta quinta-feira, o candidato petista Aloizio Mercadante e o prefeito da capital, Gilberto Kassab, telefonaram para o ex-governador. Kassab deixou um recado: tinha "ótimas notícias" para Quércia. Se os tucanos insistirem na chapa "puro-sangue", não é impossível que o PFL acabe apoiando a candidatura de Quércia, o que daria a ele o maior tempo de propaganda na televisão entre todos os candidatos.

A regra é clara, Marco Aurélio?

Nenhum dos grandes jornais brasileiros conseguiu explicar direito o que está valendo em relação aos reajustes salariais para o funcionalismo público após a decisão tomada na noite de terça-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral. Mais uma vez, o ministro Marcou Aurélio Mello está no centro da confusão: algumas semanas atrás, também numa noite de terça-feira, ele conseguiu a proeza de bagunçar toda a sucessão presidencial ao interpretar de forma dura a regra da verticalização das alianças eleitorais. Dois dias depois da primeira decisão, voltou atrás, em um vexame que vai ficar para os anais do Poder Judiciário brasileiro. Ontem, Marco Aurélio voltou a jogar pó de mico no salão. Sua interpretação da proibição de reajustes salariais 180 dias antes da eleição foi mais ampla do que a legislação vigente, como é possível entender na reportagem da Folha de S. Paulo : "Ao anunciar a decisão, anteontem, ele ( Marco Aurélio ) disse que estavam proibidos todos os aumentos salariais que ex

Dia D para José Serra e Orestes Quércia

O ex-governador paulista Orestes Quércia (PMDB) disputará pela segunda vez a eleição para o governo do Estado de São Paulo. Isto só não deve acontecer se o candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes, ex-prefeito José Serra, convencer o seu partido a aceitar o nome de Quércia para a vice da chapa. Quércia jamais cogitou aceitar a oferta tucana da vaga para o Senado – um presente de grego, na verdade, uma vez que Eduardo Suplicy (PT) dificilmente deixará de se reeleger – e depois de relutar bastante, aceitou a indicação de seu partido para representar o PMDB em uma eventual aliança com o PSDB. No final da tarde de terça-feira, Serra foi ao escritório de Quércia e conversou por mais de uma hora com o ex-governador. Ficou de telefonar no dia seguinte, para prosseguir a negociação. Serra ligou, mas a conversa não foi conclusiva, e o ex-prefeito pediu um novo encontro, para falar pessoalmente. Quércia avaliou que o PSDB não está realmente disposto a fechar aliança alguma e, em entrevis

Muy amigos...

De um deputado do PFL, ao deixar a convenção do partido no momento em que o ex-governador Geraldo Alckmin começava a sua saudação aos aliados: “O discurso é igual toda a vez. Ele é uma vitrolinha.” O prefeito Cesar Maia vai morrer de inveja. Ou colocar a frase em seu "ex-blog".

A hora dos samurais

Charge do Agê que estará na edição desta quinta-feira do jornal DCI

Gaspari destrói principal bandeira dos tucanos

O jornalista Elio Gaspari está longe de ser petista. Em artigo publicado nesta quarta-feira na Folha de S. Paulo , O Globo e demais jornais que reproduzem seus textos, Gaspari destruiu o principal argumento dos tucanos para tentar eleger Geraldo Alckmin presidente da República. Dizem os economistas do PSDB – e o candidato do partido não se cansa de repetir – que o governo Lula gasta muito e mal. Dizem também que a gestão petista estaria inchando a máquina pública. Assim, tudo que o Brasil precisaria é de um bom gerente – Geraldo, naturalmente – para dar um "choque de gestão" no governo federal, cortando os tais gastos mal planejados. Pois Gaspari prova, com números e baseado em um estudo de três economistas renomados, que os tucanos estão tentando vender um peixe que não existe. Vale a pena ler o artigo todo, reproduzido abaixo. O inchaço da máquina do Estado é lorota Por Elio Gaspari Lula inchou a máquina do Estado e torrou o dinheiro dos impostos no funcionalismo. Um bo

As voltas que o mundo dá

Charge do Agê que estará na edição desta quarta-feira, 22/06, do jornal DCI

A pergunta que não quer calar

Alguém precisa questionar ao candidato do PSDB à presidência, ex-governador Geraldo Alckmin, se ele é assinante do "ex-blog" do prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL). O nome – ex-blog – é esquisito, mas trata-se de um comentário diário, enviado por e-mail a todos que se inscreveram no antigo blog que o prefeito manteve. Desde o dia em que Alckmin bateu o ex-prefeito José Serra e se tornou o candidato tucano à Presidência, Maia não faz outra coisa senão enviar recados e disparar críticas à cúpula da campanha do ex-governador paulista. Abaixo, o recadinho que o prefeito enviou hoje aos seus amigos tucanos. Em tempo: Maia defendia o nome de José Serra para a disputa presidencial deste ano. SALTO ALTO, REUNIÃO OPERACIONAL, ( argh!!!!), e MOTIVAÇÃO ! Parece que o PSDB não leu direito o resultado da eleição de 2004. Retirando SP, ou seja nos 78% restantes do eleitorado, ganhou o PMDB, com alguma folga, em segundo, empatados, PFL e PT, e em quarto lugar, lá atrás, o PSDB.

Azevedo explica o fim do Primeira Leitura

Os jornalistas Reinaldo Azevedo e Rui Nogueira anunciaram na segunda-feira (19/06), o encerramento do site e da revista Primeira Leitura . Segundo a informação divulgada em uma nota que permanecerá no site por algum tempo ( clique aqui para ler o texto de Azevedo e Nogueira sobre o assunto), O Primeira Leitura fecha as portas por falta de suporte financeiro para a sua operação. A revista Primeira Leitura nasceu no ano 2000, capitaneada pelo economista e ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros. Até a posse de Lula na presidência da República, revista e site faziam críticas ácidas ao que qualificavam de “malanismo” – a política econômica que prevaleceu sem contestações internas no final do governo Fernando Henrique Cardoso, ao qual Mendonça de Barros servira como ministro. Durante a campanha eleitoral de 2002, Primeira Leitura assumiu a preferência pela candidatura do ex-prefeito José Serra à Presidência, mas apresentou discordância com parte da estratégia adotada

Cony e Nassif propõem reflexão sobre Lula

Dois colunistas renomados – Luís Nassif e Carlos Heitor Cony – publicaram artigos sobre o mesmo tema no último domingo. Os dois analisam, cada qual à sua maneira, a resistência do presidente Lula às críticas que vem recebendo na imprensa já há um ano. As reflexões abaixo, copiadas da Folha de S. Paulo , foram publicadas também nos diversos jornais que reproduzem as colunas dos jornalistas. Nassif e Cony estão longe de ser petistas, o que torna os artigos ainda mais instigantes. Carlos Heitor Cony - A mídia derrotada "A pesquisa mais recente, divulgada na última semana, tem sido interpretada de diversos modos e intenções. O crescimento da popularidade de Lula e da aceitação de seu governo não deixa de provocar um exame de consciência nos profissionais da mídia, alguns deles acreditando que a imprensa, em geral, é o quarto poder. Um poder que nada pode além de fazer muita marola, que nem sempre chega a molhar os rochedos da corrupção e da bagunça administrativa a que infeli

Buarque é boa notícia para Alckmin. Será?

O PDT confirmou nesta segunda-feira que terá candidato à presidência da República. Será o ex-ministro da Educação Cristóvam Buarque. Em tese, trata-se de uma boa notícia para Geraldo Alckmin, já que neste momento o mais importante para o candidato do PSDB é forçar a realização do segundo turno nas eleições de outubro. Com Buarque na parada, raciocinam os tucanos, os eleitores descontentes com Lula têm outra opção e votos que seriam brancos ou nulos entrariam no jogo, dificultando um pouco a tarefa do presidente Lula de obter mais votos que a soma do sufrágio em seus adversários – está é a regra para vencer a eleição no primeiro turno. As pesquisas eleitorais mais recentes mostram que Buarque teria hoje algo entre 1% e 2% contra 5% a 6% da senadora Heloísa Helena (PSOL). O candidato trabalhista, no entanto, conta com um partido muito mais organizado e também com mais tempo de propaganda na televisão. Se Buarque conseguir rapidamente inverter de posição com Helena, não é impossível qu

O ombudsman da Folha adverte

A cobertura do jornal paulista sobre os recentes ataques do vice de Geraldo Alckmin ao presidente Lula extrapolou. O comentário abaixo está na crítica interna desta segunda-feira. O jornal deu manchetes na sexta-feira e no sábado para a troca de baixarias e ofensas entre a oposição e o governo Lula. Acho até que este tiroteio merece registro por ser um indicador do momento e do nível da campanha eleitoral. Mas daí virar a manchete do jornal, e sem qualquer contraponto crítico, me pareceu um equívoco. Quem quiser, pode conferir na íntegra o texto do ombudsman Marcelo Beraba clicando aqui .

Matéria da Folha confunde mais do que explica

Manchete da edição de domingo do jornal Folha de S. Paulo : Lula distribui concessões de TV a políticos. Uma chamada forte, suficiente para deixar os leitores irritados com mais um escândalo envolvendo o presidente e o seu partido, que, segundo a imprensa, desde que chegaram ao poder não fizeram outra coisa senão "aparelhar" o Estado brasileiro e empregar companheiros a torto e a direito. Só que no caso das concessões de rádio e televisão, a coisa não é bem assim. Em primeiro lugar, a reportagem mostra que políticos do PT não são beneficiários de nenhuma concessão. O que a apuração da Folha descobriu no tocante a políticos foi que 8 políticos do PMDB, 2 do PTB, 2 do PSDB (incluindo o senador Leonel Pavan, de Santa Catarina), 2 do PL, um do PSB e um do PP receberam concessões de emissoras ou rádios educativas. Para o PT, nenhuma concessão. Estranho? Sim, soa estranho. Mas o jornal também sonegou algumas informações essenciais para que os leitores pudessem formar opinião sob

Podia ter passado sem essa

O humorista Bussunda morreu às 8h30 da manhã de sábado. Na edição de domingo, a Folha de S. Paulo deixou passar, na coluna Outro Canal, assinada por Daniel Castro no caderno Ilustrada , a seguinte notinha: CARTÃO-POSTAL Os humoristas do "Casseta & Planeta" não agüentam mais ver brasileiros na Alemanha. Em todos os lugares em que eles param para gravar esquetes sobre a Copa do Mundo, são sempre abordados por compatriotas _que querem tirar fotos ao lado de Bussunda e cia. Parece absurdo, mas tem explicação. Por motivos industriais, a Ilustrada provavelmente já estava com a edição impressa na manhã de sábado. O material sobre a morte de Bussunda, que na edição online do jornal foi editado na Ilustrada , saiu na versão impressa no caderno Cotidiano .

Como dizem por aí...

A fala irresponsável do candidato a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), senador José Jorge (PFL), segundo a qual o presidente Lula "só viaja e bebe muito, como dizem por aí", recebeu a condenação da maior parte dos colunistas de jornais. A reprovação ao golpe baixo de José Jorge veio até de gente do PFL – o governador paulista Cláudio Lembo fez questão de dizer que não gostou. Provavelmente, no entanto, não terá efeito algum a reprovação dos jornalistas e correligionários ao baixo nível da campanha. A estratégia de Alckmin agora é colocar o seu vice para bater forte, partir para a agressão direta ao presidente. O raciocínio por trás desta estratégia é simples: perdido por um, perdido por mil. Há de fato uma certa lógica neste movimento da campaha tucano-pefelista, mas é preciso ter cuidado com a dosagem do remédio. Se os petistas decidirem responder no mesmo tom e escalarem o ex-ministro Ciro Gomes, por exemplo, para sair por aí contando aos eleitores o que

Feriado de muita negociação em São Paulo

Apesar do favoritismo do ex-prefeito José Serra (PSDB) na eleição para o governo do Estado, apontado por todas as pesquisas eleitorais recentes, os tucanos não estão querendo dar sopa para o azar e querem porque querem tirar o PMDB do jogo para facilitar uma vitória já no primeiro turno. Nos últimos dias, o presidente do Diretório paulista do PMDB, ex-governador Orestes Quércia, conversou com Aloysio Nunes Ferreira, emissário de Serra para a negociação de uma aliança entre as duas agremiações. O próprio Serra também procurou ampliar o espaço para as conversas ao dizer que não trabalha apenas com a hipótese de uma chapa pura, com vaga de vice para um tucano. O problema todo é que ainda existe muito tucano resistente à aproximação com o PMDB e de olho nas vagas de vice e senador. No PMDB, o clima é de expectativa. A militância aguarda a decisão de Quércia e, no momento, a tendência é de que o partido lance candidato a governador. O nome mais cotado para a disputa é naturalmente o do ex-

Um jogo, uma pesquisa e dois candidatos

Charge do Agê, publicada na edição desta quarta-feira no DCI .

O prefeito observador da imprensa

O prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), é um estudioso das questões de mídia. Gosta do tema, popularizou o conceito de "factóide", cunhado pelo jornalista Alberto Dines, e chegou a iniciar a experiência de ser o primeiro prefeito-blogueiro do Brasil. Abandonou o blog depois que começaram as cobranças sobre a incompatibilidade entre as "funções": afinal, ele estaria postando suas notas em momentos que deveria estar "prefeitando". Para não deixar vazio o espaço que havia conquistado com a nova atividade, porém, criou uma espécie de newsletter chamada ironicamente de "Ex-blog do Cesar Maia", enviada diariamente, por e-mail, para todos os leitores que se cadastraram no endereço do antigo blog ( http://cesarmaia.blogspot.com/ , as inscrições permanecem abertas) . A maior parte das notas versa sobre política e Maia tem utilizado bastante este novo meio que criou para mandar recados à campanha do aliado Geraldo Alckmin e pautar a imprensa. Outr

Lula cresce 5 pontos e Alckmin empaca

Foram divulgados há pouco os números do levantamento feito pelo Ibope para a Confederação Nacional da Indústria sobre a sucessão presidencial e aprovação do governo federal. Lula cresceu 5 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior e Geraldo Alckmin (PSDB) permaneceu estável. Nos dois cenários pesquisados – com PMDB e sem PMDB –, Lula vence a eleição no primeiro turno. No primeiro cenário, Lula tem 48% contra 18% de Alckmin e 5% de Heloísa Helena (PSOL). Pedro Simon, que não será mais candidato, aparecia com 2%. No cenário sem o PMDB, Lula tem 48%; Alckmin, 19%; e Helena, 6% Na simulação de segundo turno, Lula cresceu de 49% para 53% e Alckmin caiu de 31% para 29%. A aprovação do governo também subiu: 44% dos brasileiros consideram o governo ótimo ou bom contra 38% em março. É o maior percentual de ótimo/bom registrado desde junho de 2003, quando foi aplicada a primeira pesquisa do Ibope a respeito do governo Lula. Somados aos que consideram o governo regular (36% do tot