O Caso Daniel Dantas, que já vinha sendo devidamente sepultado, pelo menos na grande imprensa, pode ganhar novas emoções na tarde desta quarta-feira com o depoimento do delegado Protógenes Queiroz, responsável pela prisão do banqueiro e de seus comparsas Celso Pitta e Naji Nahas. Se o delegado contar o que sabe, o clima volta esquentar. É possível, no entanto, que Protógenes faça apenas algum jogo de cena e deixe as informações relevantes de lado. Hoje, portanto, será possível saber se realmente existe uma operação-abafa em curso e qual o alcance desta ação. A conferir.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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