Acabou o drama da ultra-direita brasileira, órfã de candidato para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nada de tucanos bunda-moles como Serra, Alckmin ou Aécio ou de democratas com o rabo preso e fala fina na hora que o jogo engrossa. Matéria do Jornal do Brasil, reproduzida abaixo, apresenta a melhor alternativa para Diogo Mainardi, Reinaldão Azevedo, o tal Coronel do Coturno Noturno e sua patroa Nariz Gelado, mais toda a turma do Mídia Sem Máscara: Cabo Anselmo vem aí, para salvar o Brasil do comunismo. Afinal, lugar de esquerdista é no pau de arara e o único erro de Brilhante Ustra foi ter deixado parte dessa gentinha escapar com vida (não, não é brincadeira nem ironia, é o que dizem os "comentaristas" dos blogs direitosos).
A seguir, a íntegra da matéria, publicada no dia 7/8.
Maior traidor da luta armada quer sair da clandestinidade e suceder Lula
Vasconcelo Quadros
BRASÍLIA
Parece brincadeira, mas era só o que faltava para tornar ainda mais exótica a política brasileira: Anselmo José dos Santos, o Cabo Anselmo, o ex-marinheiro que traiu a esquerda armada na época da ditadura militar, quer ser candidato à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010 com uma bandeira de extrema direita: "Salvei o Brasil do comunismo em 64 e quero salvá-lo de novo".
O slogan está sendo divulgado pelo delegado da Polícia Civil paulista Carlos Alberto Augusto, conhecido no período da repressão por Carteira Preta, policial que há 39 anos desempenha sozinho os papéis de protetor, guardião e porta-voz do Cabo Anselmo.
O suposto lançamento da candidatura ocorre num momento em que o país assiste a um novo confronto entre direita e esquerda: o ministro da Justiça, Tarso Genro, pede o julgamento dos torturadores, passando por cima da Lei de Anistia, e o Clube Militar, em represália, divulga hoje no Rio documento com a ficha de homens e mulheres que foram classificados como terroristas à época, entre eles o próprio Genro, e que integram o governo Lula.
Traição mortal
O delegado garante que a candidatura não é apenas mais uma idéia excêntrica dos órfãos da ditadura militar.
– Hoje, cinco partidos de direita querem o Anselmo como candidato. E ele será – disse. – Está faltando a documentação que devolva a ele a cidadania e os direitos políticos.
Traidor que levou à morte dezenas de ex-companheiros das guerrilhas urbana e rural, Cabo Anselmo é um triste personagem que vaga clandestinamente pelo país há mais de 40 anos. No ato de traição mais marcante, entregou à morte seis ex-companheiros do grupo guerrilheiro Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), entre os quais, sua ex-mulher, a paraguaia Soledad Barret Viedma, grávida de cinco meses.
As execuções, ocorridas em janeiro de 1973, em Abreu e Lima, município da Região Metropolitana de Recife, ficaram conhecidas como o Massacre da Chácara São Bento e deram a Anselmo José dos Santos o apelido de Anjo da Morte. Embora já tenha afirmado que não sabia da gravidez da ex-mulher, o fato de Soledad ter sido encontrada morta ao lado do feto é o maior trauma que carrega na sua vida errante.
Poucas pessoas conhecem hoje a fisionomia do marinheiro que atiçou a ira da cúpula militar com o radical discurso de resistência no Automóvel Clube do Brasil, no Rio, em 1964, e que o aproximaria do ex-presidente João Goulart e do ex-governador Leonel Brizola. Ninguém tem dúvidas, no entanto, que Cabo Anselmo ainda é um fantasma capaz de assombrar a direita e a esquerda: conviveu na luta armada com personagens que integram atualmente a cúpula do governo, mas também conhece segredos de políticos de direita que estiveram muito próximos dele nos conturbados tempos da repressão política.
– O Anselmo também foi traído – afirma Carteira Preta.
A seguir, a íntegra da matéria, publicada no dia 7/8.
Maior traidor da luta armada quer sair da clandestinidade e suceder Lula
Vasconcelo Quadros
BRASÍLIA
Parece brincadeira, mas era só o que faltava para tornar ainda mais exótica a política brasileira: Anselmo José dos Santos, o Cabo Anselmo, o ex-marinheiro que traiu a esquerda armada na época da ditadura militar, quer ser candidato à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010 com uma bandeira de extrema direita: "Salvei o Brasil do comunismo em 64 e quero salvá-lo de novo".
O slogan está sendo divulgado pelo delegado da Polícia Civil paulista Carlos Alberto Augusto, conhecido no período da repressão por Carteira Preta, policial que há 39 anos desempenha sozinho os papéis de protetor, guardião e porta-voz do Cabo Anselmo.
O suposto lançamento da candidatura ocorre num momento em que o país assiste a um novo confronto entre direita e esquerda: o ministro da Justiça, Tarso Genro, pede o julgamento dos torturadores, passando por cima da Lei de Anistia, e o Clube Militar, em represália, divulga hoje no Rio documento com a ficha de homens e mulheres que foram classificados como terroristas à época, entre eles o próprio Genro, e que integram o governo Lula.
Traição mortal
O delegado garante que a candidatura não é apenas mais uma idéia excêntrica dos órfãos da ditadura militar.
– Hoje, cinco partidos de direita querem o Anselmo como candidato. E ele será – disse. – Está faltando a documentação que devolva a ele a cidadania e os direitos políticos.
Traidor que levou à morte dezenas de ex-companheiros das guerrilhas urbana e rural, Cabo Anselmo é um triste personagem que vaga clandestinamente pelo país há mais de 40 anos. No ato de traição mais marcante, entregou à morte seis ex-companheiros do grupo guerrilheiro Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), entre os quais, sua ex-mulher, a paraguaia Soledad Barret Viedma, grávida de cinco meses.
As execuções, ocorridas em janeiro de 1973, em Abreu e Lima, município da Região Metropolitana de Recife, ficaram conhecidas como o Massacre da Chácara São Bento e deram a Anselmo José dos Santos o apelido de Anjo da Morte. Embora já tenha afirmado que não sabia da gravidez da ex-mulher, o fato de Soledad ter sido encontrada morta ao lado do feto é o maior trauma que carrega na sua vida errante.
Poucas pessoas conhecem hoje a fisionomia do marinheiro que atiçou a ira da cúpula militar com o radical discurso de resistência no Automóvel Clube do Brasil, no Rio, em 1964, e que o aproximaria do ex-presidente João Goulart e do ex-governador Leonel Brizola. Ninguém tem dúvidas, no entanto, que Cabo Anselmo ainda é um fantasma capaz de assombrar a direita e a esquerda: conviveu na luta armada com personagens que integram atualmente a cúpula do governo, mas também conhece segredos de políticos de direita que estiveram muito próximos dele nos conturbados tempos da repressão política.
– O Anselmo também foi traído – afirma Carteira Preta.
Meu Deus! e esse crapula ainda está assolta depois de ter traido a propria esposa e um feto em sua barriga, manda esse candidato a morte que é pouco pra ele. E ainda tem gente querendo pra candidato??
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