Na versão da Agência Brasil, abaixo, o banqueiro Daniel Dantas está a fim de "desabafar um pouco"? Ora, se isto não é chantagem... parece muito com chantagem! Mas em se tratando de Daniel Dantas, logo vai aparecer na mídia um "colunista" dizendo que ele está só precisando de um ombro amigo, de alguém que entenda o seu sofrimento. Humano, demasiadamente humano...
Advogado diz que Dantas quer "desabafar um pouco"
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O advogado Nélio Machado, que defende o dono do banco Opportunity Daniel Dantas, disse que seu cliente pode ficar calado no depoimento previsto para amanhã (7) na Justiça Federal em São Paulo, apesar de ele querer "desabafar um pouco e botar para fora tudo o que ele passou e padeceu”.
Em entrevista hoje (6), depois de acompanhar o depoimento de Humberto Braz ao juiz Fausto De Sanctis, Machado disse que ainda pretende adiar o depoimento de seu cliente. “Eu já entrei com pedido de adiamento”, disse ele.
“Do ponto de vista das garantias básicas da Constituição Federal, essa ação penal foi muito precipitada, essa audiência mais precipitada ainda e eu vou fazer uma reflexão de hoje para amanhã e é possível que o meu cliente exerça o direito de não falar. Por outro lado, ele [Dantas] tem também uma certa angústia existencial de deixar claro que, na verdade, ele é vítima de uma armação que não vem de agora, tem cinco anos”, afirmou.
Indagado pelos jornalistas se essa armação seria política e realizada pelo atual governo, Nélio Machado disse que não acredita que tenha sido planejada pelo governo, mas “que houve seguimentos do poder que efetivamente tiveram uma participação decisiva nessa problemática”. Sem citar nomes, Machado insinua que quem estaria por trás dessa armação seriam pessoas “vinculadas aos interesses dos fundos de pensão, daqueles que quiseram romper o contrato, das pessoas da Telecom Itália”.
Dantas é investigado na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, por corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, evasão de divisas e sonegação fiscal.
Hoje (6), o advogado voltou a criticar o juiz Fausto De Sanctis, que há poucos dias repudiou um pedido de impugnação, feito por Machado no dia 16 de julho, e que pedia o afastamento do juiz, alegando que ele não estaria isento para julgar o caso.
“Ele [juiz] também decidiu repudiando, era de se esperar, a argüição de suspeição. Ele acha que não tem nenhum comprometimento e que é isento. O fato de ele ter determinado essas medidas todas arbitrárias, no meu modo de ver, ele acha que isso não o impedirá de fazer justiça. Eu discordo”, disse ele. Machado afirma já ter recorrido da decisão e que o processo agora seguirá para o Tribunal Regional Federal (TRF).
Também está previsto para amanhã (7) o depoimento de Hugo Chicaroni, acusado de ter tentado subornar um delegado federal para retirar o nome de Dantas da investigação da Operação Satiagraha. Chicaroni e Humberto Braz – que prestou depoimento hoje - são os únicos investigados na operação que continuam presos.
Advogado diz que Dantas quer "desabafar um pouco"
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O advogado Nélio Machado, que defende o dono do banco Opportunity Daniel Dantas, disse que seu cliente pode ficar calado no depoimento previsto para amanhã (7) na Justiça Federal em São Paulo, apesar de ele querer "desabafar um pouco e botar para fora tudo o que ele passou e padeceu”.
Em entrevista hoje (6), depois de acompanhar o depoimento de Humberto Braz ao juiz Fausto De Sanctis, Machado disse que ainda pretende adiar o depoimento de seu cliente. “Eu já entrei com pedido de adiamento”, disse ele.
“Do ponto de vista das garantias básicas da Constituição Federal, essa ação penal foi muito precipitada, essa audiência mais precipitada ainda e eu vou fazer uma reflexão de hoje para amanhã e é possível que o meu cliente exerça o direito de não falar. Por outro lado, ele [Dantas] tem também uma certa angústia existencial de deixar claro que, na verdade, ele é vítima de uma armação que não vem de agora, tem cinco anos”, afirmou.
Indagado pelos jornalistas se essa armação seria política e realizada pelo atual governo, Nélio Machado disse que não acredita que tenha sido planejada pelo governo, mas “que houve seguimentos do poder que efetivamente tiveram uma participação decisiva nessa problemática”. Sem citar nomes, Machado insinua que quem estaria por trás dessa armação seriam pessoas “vinculadas aos interesses dos fundos de pensão, daqueles que quiseram romper o contrato, das pessoas da Telecom Itália”.
Dantas é investigado na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, por corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, evasão de divisas e sonegação fiscal.
Hoje (6), o advogado voltou a criticar o juiz Fausto De Sanctis, que há poucos dias repudiou um pedido de impugnação, feito por Machado no dia 16 de julho, e que pedia o afastamento do juiz, alegando que ele não estaria isento para julgar o caso.
“Ele [juiz] também decidiu repudiando, era de se esperar, a argüição de suspeição. Ele acha que não tem nenhum comprometimento e que é isento. O fato de ele ter determinado essas medidas todas arbitrárias, no meu modo de ver, ele acha que isso não o impedirá de fazer justiça. Eu discordo”, disse ele. Machado afirma já ter recorrido da decisão e que o processo agora seguirá para o Tribunal Regional Federal (TRF).
Também está previsto para amanhã (7) o depoimento de Hugo Chicaroni, acusado de ter tentado subornar um delegado federal para retirar o nome de Dantas da investigação da Operação Satiagraha. Chicaroni e Humberto Braz – que prestou depoimento hoje - são os únicos investigados na operação que continuam presos.
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