Faltando cinco dias para o final do ano, a pergunta que não quer calar é até óbvia: como será o ano de 2007 e o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva? Já há muita especulação na praça e tem gente achando que daqui para frente Lula vai adotar uma postura mais esquerdista e arrojada, até para que a história registre o seu governo como o de alguém ligado às causas populares e à esquerda de modo geral.
Este blog não consulta videntes, mas aposta que o 2° mandato de Lula será muito semelhante ao 1° e, a menos que ocorra uma crise econômica internacional, terminará com uma década de crescimento morno mas constante da economia.
Pode ser desapontador para o leitor, mas é o que indicam os fatos que importam para uma análise prospectiva. Lula não vestirá o figurino chavista, até porque já deu diversas declarações explicando os motivos de seu afastamento da extrema-esquerda – na última vez, foi até incompreendido ao brincar que se tratava de um fenômeno relacionado à idade: quanto mais idoso, mas conservador...
A verdade é que o segundo mandato de Lula não deve fugir muito do que foi feito durante a primeira gestão porque não existe, hoje, referencial teórico para mudança nos rumos da política econômica. O que está em debate atualmente é a dose do remédio, mas não a medicina que está sendo administrada. Até aqui, o paciente-Brasil vem reagindo bem, mas há muitas reclamações sobre a demora na melhora. PSOL e PSTU à parte, porém, ninguém questiona a receita adotada pelo presidente Lula.
Sem referencial para iniciar uma mudança mais radical, e sem o soluço que uma crise externa poderia provocar, o mais provável é que o Brasil siga crescendo a taxas de 2% a 3% do PIB ao ano nos próximos 4 anos, mesmo que o governo lance os seus pacotinhos de desoneração fiscal e incentivos para ajudar alguns setores.
É pouca coisa? Sim, o crescimento é pífio perto das necessidades dos mais pobres, mas ninguém inventou uma mágica para acelerar certos processos que estão em curso no Judiciário e no Congresso e sem os quais não há muito jeito para “destravar” o País. Este blog torce para estar errado, para que os próximos anos sejam de crescimento intenso, mas, sinceramente, não acredita em nada disto. De toda maneira, se as previsões feitas aqui estiverem corretas, terão sido 8 anos de crescimento contínuo, o que não ocorria desde o milagre econômico do regime militar. Também não é pouca coisa e pode até levar Lula a uma nova reeleição. Mas isto já é assunto para uma próxima reflexão.
Este blog não consulta videntes, mas aposta que o 2° mandato de Lula será muito semelhante ao 1° e, a menos que ocorra uma crise econômica internacional, terminará com uma década de crescimento morno mas constante da economia.
Pode ser desapontador para o leitor, mas é o que indicam os fatos que importam para uma análise prospectiva. Lula não vestirá o figurino chavista, até porque já deu diversas declarações explicando os motivos de seu afastamento da extrema-esquerda – na última vez, foi até incompreendido ao brincar que se tratava de um fenômeno relacionado à idade: quanto mais idoso, mas conservador...
A verdade é que o segundo mandato de Lula não deve fugir muito do que foi feito durante a primeira gestão porque não existe, hoje, referencial teórico para mudança nos rumos da política econômica. O que está em debate atualmente é a dose do remédio, mas não a medicina que está sendo administrada. Até aqui, o paciente-Brasil vem reagindo bem, mas há muitas reclamações sobre a demora na melhora. PSOL e PSTU à parte, porém, ninguém questiona a receita adotada pelo presidente Lula.
Sem referencial para iniciar uma mudança mais radical, e sem o soluço que uma crise externa poderia provocar, o mais provável é que o Brasil siga crescendo a taxas de 2% a 3% do PIB ao ano nos próximos 4 anos, mesmo que o governo lance os seus pacotinhos de desoneração fiscal e incentivos para ajudar alguns setores.
É pouca coisa? Sim, o crescimento é pífio perto das necessidades dos mais pobres, mas ninguém inventou uma mágica para acelerar certos processos que estão em curso no Judiciário e no Congresso e sem os quais não há muito jeito para “destravar” o País. Este blog torce para estar errado, para que os próximos anos sejam de crescimento intenso, mas, sinceramente, não acredita em nada disto. De toda maneira, se as previsões feitas aqui estiverem corretas, terão sido 8 anos de crescimento contínuo, o que não ocorria desde o milagre econômico do regime militar. Também não é pouca coisa e pode até levar Lula a uma nova reeleição. Mas isto já é assunto para uma próxima reflexão.
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