O governador eleito de São Paulo não vai mais anunciar nenhum nome para a sua equipe de governo até que o time esteja inteiro fechado. Só então José Serra convocará a imprensa e dirá todos os nomes que faltavam. Serra tomou esta decisão hoje, com o objetivo de evitar que aumente a pressão dos aliados pela indicação dos cargos que iriam sobrando, caso ele continuasse soltando os nomes a conta-gotas. Já o governador Aécio Neves, que é de uma escola política mais refinada – a mineira –, avisou que o seu secretariado sairá na última semana do ano e será divulgado completinho. Com isto, Aécio deixa todo mundo em suspense e dispersa a pressão.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
Comentários
Postar um comentário
O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.