O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem trabalhado duro na tarefa de montar um governo de coalizão para o segundo mandato. O presidente está em vias de incluir formalmente o PMDB, PDT, PCdoB, PSB e PRB, além, é claro, do seu próprio partido, o PT, na tal coalizão. Além dessas agremiações, PTB, PL e PP deverão apoiar o presidente, sem no entanto integrar o Conselho Político do governo de coalizão.
É muito partido, sem dúvida, mas os primeiros embates no Congresso revelam que a coalizão não está nada harmônica. Ontem, houve o primeiro grande teste para a aliança costurada por Lula e os governistas se deram mal. A eleição para a indicação da Câmara Federal a uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União terminou com a vitória do deputado federal Aroldo Cedraz, do PFL da Bahia, ligado ao grupo de Antonio Carlos Magalhães. Cedraz derrotou o petista mineiro Paulo Delgado por 172 votos a 148. Gonzaga Mota (PSDB-CE) obteve 50 votos e o deputado Ademir Camilo (PDT-MG) recebeu 20 votos. Foram 6 votos brancos e 3 nulos, com 399 votantes.
O que circula nos bastidores de Brasília é que Cedraz recebeu apoios inclusive na base aliada e até do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que estaria de olho nos votos do PFL para a sua própria reeleição. Claro que Aldo negará a versão, caso seja questionado a respeito de tão delicado assunto, mas como dizem os italianos, “si non è vero, è bene trovato”. E a verdade é que sem apoio na base aliada, Cedraz não venceria.
A falta de união da base só não é tão grave para Lula neste momento por duas razões: em primeiro lugar, a próxima legislatura começará com outra configuração das forças partidárias, talvez um pouco mais favorável ao presidente do que a atual; enquanto não forem decididas as presidências das duas Casas do Congresso e o nome dos novos ministros, o jogo político reflete as incertezas das disputas em andamento. E um dos meios mais eficazes de pressão de quem está neste jogo é “mandar recado” ao Planalto em votações importantes. Até março, portanto, muita água ainda vai rolar por debaixo da ponte.
É muito partido, sem dúvida, mas os primeiros embates no Congresso revelam que a coalizão não está nada harmônica. Ontem, houve o primeiro grande teste para a aliança costurada por Lula e os governistas se deram mal. A eleição para a indicação da Câmara Federal a uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União terminou com a vitória do deputado federal Aroldo Cedraz, do PFL da Bahia, ligado ao grupo de Antonio Carlos Magalhães. Cedraz derrotou o petista mineiro Paulo Delgado por 172 votos a 148. Gonzaga Mota (PSDB-CE) obteve 50 votos e o deputado Ademir Camilo (PDT-MG) recebeu 20 votos. Foram 6 votos brancos e 3 nulos, com 399 votantes.
O que circula nos bastidores de Brasília é que Cedraz recebeu apoios inclusive na base aliada e até do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que estaria de olho nos votos do PFL para a sua própria reeleição. Claro que Aldo negará a versão, caso seja questionado a respeito de tão delicado assunto, mas como dizem os italianos, “si non è vero, è bene trovato”. E a verdade é que sem apoio na base aliada, Cedraz não venceria.
A falta de união da base só não é tão grave para Lula neste momento por duas razões: em primeiro lugar, a próxima legislatura começará com outra configuração das forças partidárias, talvez um pouco mais favorável ao presidente do que a atual; enquanto não forem decididas as presidências das duas Casas do Congresso e o nome dos novos ministros, o jogo político reflete as incertezas das disputas em andamento. E um dos meios mais eficazes de pressão de quem está neste jogo é “mandar recado” ao Planalto em votações importantes. Até março, portanto, muita água ainda vai rolar por debaixo da ponte.
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