A Folha de S. Paulo publicou a carta abaixo, cujo conteúdo é muito semelhante aos comentários deste blog sobre o salário mínimo. Pode perfeitamente ser uma coincidência, pois o movimento da Folha está cada dia mais evidente. A novidade é que os leitores não só estão reparando que o jornal não é mais o mesmo como também resolveram escrever para reclamar.
Mínimo irracional
"A inflexão à direita da Folha tem sido amplamente notada e comentada nos últimos tempos. Mas o editorial da última sexta-feira, dia 22/12 ("Mínimo irracional'), é de assustar até os moderados. Num país que ostenta a vergonhosa posição de vice-campeão de desigualdade social do planeta e campeão absoluto na transferência de renda aos mais abastados via taxa de juros, classificar de "irracional" um vergonhoso salário mínimo de R$ 380 só seria compreensível se se tratasse de uma crítica ao seu valor insuficiente. Mas bradar, como fez a Folha, contra o incremento de R$ 5 em seu valor, tachando-o de "gastos estéreis", além de assustar pela insensibilidade social, reflete o país em que vivemos. Trata-se de um editorial histórico. Talvez, dentro de cem anos, ajude a compreender o tipo de sociedade mesquinha e gananciosa que existia neste Brasil no limiar do século 21 e o papel da mídia em sua perpetuação."
JORGE LUÍS BREDER (Campinas, SP)
fda
Mínimo irracional
"A inflexão à direita da Folha tem sido amplamente notada e comentada nos últimos tempos. Mas o editorial da última sexta-feira, dia 22/12 ("Mínimo irracional'), é de assustar até os moderados. Num país que ostenta a vergonhosa posição de vice-campeão de desigualdade social do planeta e campeão absoluto na transferência de renda aos mais abastados via taxa de juros, classificar de "irracional" um vergonhoso salário mínimo de R$ 380 só seria compreensível se se tratasse de uma crítica ao seu valor insuficiente. Mas bradar, como fez a Folha, contra o incremento de R$ 5 em seu valor, tachando-o de "gastos estéreis", além de assustar pela insensibilidade social, reflete o país em que vivemos. Trata-se de um editorial histórico. Talvez, dentro de cem anos, ajude a compreender o tipo de sociedade mesquinha e gananciosa que existia neste Brasil no limiar do século 21 e o papel da mídia em sua perpetuação."
JORGE LUÍS BREDER (Campinas, SP)
fda
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