Pular para o conteúdo principal

Mainardi e Francis: não dá para comparar

Na coluna desta semana na revista Veja, Diogo Mainardi, sempre ele, se compara a Paulo Francis. A justificativa do colunista não é ruim: os dois, Mainardi e Francis, tomaram processos em virtude das bobagens que escreveram ou disseram na televisão. Semelhanças à parte, as diferenças são muito maiores: Francis era divertido, culto e inteligente, características que fazem falta ao parajornalista da Veja. Aliás, se Mainardi olhar ao redor, vai achar alguns colegas que também tentam ser clones de Francis. Deveria, portanto, se comparar a eles, não ao original.

Este blog, por sinal, poderia promover uma enquete para saber dos leitores quem imita melhor o talentoso Francis. Mainardi, naturalmente, e Daniel Piza largam na frente, mas outros poderão atropelá-los na reta final. Ao jornalista (?) que tiver mais votos o blog enviaria o livro "Vida e Obra do plagiário Paulo Francis", de Fernando Jorge. Mande seu voto para luizaccm@dci.com.br ou use o link de comentários para dar a sua opinião.

Comentários

  1. Como o link não funciona, resolvi mandar meu voto para Arnaldo Jabor por aqui mesmo.

    ResponderExcluir
  2. De fato, o link não funciona. Meu voto também é para o Jabor.

    ResponderExcluir
  3. Meu voto vai para o Mainardi, mesmo. Ainda que eu ache que ele não mereça ganhar nada...

    ResponderExcluir
  4. Eu voto no Mainardi, também... Daniel Piza precisa gramar muito para ser comparado ao Francis. E o Jabor, bem, vamos honrar seu passado de cineasta e bom colunista da Folha de São Paulo, na era Collor.

    ResponderExcluir
  5. Carol, que passado de cineasta? Jabor não fez grandes obras no cinema, mas já foi bom colunista, sim. Pena que não manteve o nível de sua produção e sim o de sua arrogância. Meu voto vai para ele.
    Mas, concordo com vc: quem é Daniel Piza? rs rs rs...

    ResponderExcluir
  6. Não se fazem mais jornalistas de direita como antigamente!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...

Dica da semana: Nine Perfect Strangers, série

Joia no Prime traz drama perturbador que consagra Nicole Kidman  Dizer que o tempo não passou para Nicole Kidman seria tão leviano quanto irresponsável. E isso é bom. No charme (ainda fatal) de seus 54 anos, a australiana mostra que tem muita lenha para queimar e escancara o quanto as décadas de experiência lhe fizeram bem, principalmente para composição de personagens mais complexas e maduras. Nada de gatinhas vulneráveis. Ancorando a nova série Nine Perfect Strangers, disponível na Amazon Prime Video, a eterna suicide blonde de Hollywood – ok, vamos dividir o posto com Sharon Stone – empresta toda sua aura de diva para dar vida à mística Masha, uma espécie de guru dos novos tempos que desenvolveu uma técnica terapêutica polêmica, pouco acessível e para lá de exclusiva. Em um lúdico e misterioso retiro, a “Tranquillum House”, a exotérica propõe uma nova abordagem de tratamento para condições mentais e psicossociais manifestadas de diferentes formas em cada um dos nove estranhos, “...

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda...