Vale a pena ler a história abaixo, relatada pelo jornalista Sebastião Nery em sua coluna diária que sai em vários jornais do País, inclusive no DCI. É uma história divertida e muito pertinente para esses tempos de descontroladores e descontrolados...
Uma semana depois de Jânio Quadros e João Goulart tomarem posse na Presidência e vice-Presidência da República em 31 de janeiro de 1961, o jornalista Raul Ryff, secretário de imprensa de Jango, ligou para o jornalista José Aparecido de Oliveira, secretário particular de Jânio:
— Aparecido, durante o governo do Juscelino, o Jango, como vice-presidente, sempre teve um avião da FAB à disposição. Agora, no governo do Jânio, o ministro Grun Moss, da Aeronáutica, tirou o avião do vice-presidente.
Acontece que ele está esperando a mãe, que chega ao Rio às 17 horas, e depois não haverá mais nenhum avião de carreira para Brasília. E ele tem uma reunião com as bancadas do PTB, em Brasília, à noite. Você poderia conseguir um avião para levar o vice-presidente a Brasília?
Aparecido falou com o general Pedro Geraldo, chefe da Casa Militar, pediu para ele providenciar o avião e comunicou a providência a Jânio, que aprovou. Às quatro da tarde, Ryff ligou de novo para Aparecido:
— Como é, tchê, e o avião?
— Já está à disposição do vice-presidente aí no Rio.
Não estava. Aparecido foi ao general Pedro Geraldo, que acabava de receber um telex do ministro da Aeronáutica, lamentando não poder atender porque a FAB “não tinha nenhum avião disponível”. Aparecido foi a Jânio.
— Aparecido, foi bom que isso tivesse acontecido logo na primeira semana. Você vai ver que não ficaremos um minuto aqui sem autoridade.
E Jânio mandou chamar o general Pedro Geraldo:
— General, volte a comunicar-se com o senhor ministro da Aeronáutica e lhe transmita a seguinte instrução: faça descer o primeiro avião que sobrevoar o Rio, desembarque os passageiros e ponha-o à disposição do senhor vice-presidente da República. Trata-se de uma ordem do presidente da República.
Em dez minutos, a Aeronáutica pôs um avião à disposição de Jango.
Uma semana depois de Jânio Quadros e João Goulart tomarem posse na Presidência e vice-Presidência da República em 31 de janeiro de 1961, o jornalista Raul Ryff, secretário de imprensa de Jango, ligou para o jornalista José Aparecido de Oliveira, secretário particular de Jânio:
— Aparecido, durante o governo do Juscelino, o Jango, como vice-presidente, sempre teve um avião da FAB à disposição. Agora, no governo do Jânio, o ministro Grun Moss, da Aeronáutica, tirou o avião do vice-presidente.
Acontece que ele está esperando a mãe, que chega ao Rio às 17 horas, e depois não haverá mais nenhum avião de carreira para Brasília. E ele tem uma reunião com as bancadas do PTB, em Brasília, à noite. Você poderia conseguir um avião para levar o vice-presidente a Brasília?
Aparecido falou com o general Pedro Geraldo, chefe da Casa Militar, pediu para ele providenciar o avião e comunicou a providência a Jânio, que aprovou. Às quatro da tarde, Ryff ligou de novo para Aparecido:
— Como é, tchê, e o avião?
— Já está à disposição do vice-presidente aí no Rio.
Não estava. Aparecido foi ao general Pedro Geraldo, que acabava de receber um telex do ministro da Aeronáutica, lamentando não poder atender porque a FAB “não tinha nenhum avião disponível”. Aparecido foi a Jânio.
— Aparecido, foi bom que isso tivesse acontecido logo na primeira semana. Você vai ver que não ficaremos um minuto aqui sem autoridade.
E Jânio mandou chamar o general Pedro Geraldo:
— General, volte a comunicar-se com o senhor ministro da Aeronáutica e lhe transmita a seguinte instrução: faça descer o primeiro avião que sobrevoar o Rio, desembarque os passageiros e ponha-o à disposição do senhor vice-presidente da República. Trata-se de uma ordem do presidente da República.
Em dez minutos, a Aeronáutica pôs um avião à disposição de Jango.
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