Nada como uma boa confusão para as pessoas se revelarem "por inteiro", como diria o deputado eleito Clodovil Hernandez. Hoje, na hora que o bicho pegou e os parlamentares teriam que decidir, depois de toda a polêmica, o valor do reajuste para os seus salários, eis que o presidente do Senado, o brioso Renan Calheiros (PMDB-AL), achou por bem deixar a bucha para a Câmara Federal. O Senado, explicou Renan, terá o papel de "Casa revisora" e apreciará a posteriori a decisão tomada pelos deputados. A atitude de Renan, popularmente conhecida por "tirar da reta", faz lembrar uma cancioneta portuguesa sobre a postura dos corajosos lusitanos na 2ª Guerra Mundial, que dizia, se não falha a memória, algo assim: "Portugal não foi à guerra /mas também não acovardou-se / botou pano preto em cima / escreveu em letras brancas: Portugal mudou-se".
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
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