São Paulo ficou, nesta primeira segunda-feira de dezembro, literalmente debaixo d'água. Outras capitais e grandes cidades vão passar pelo mesmo desconforto e o problema, recorrente nas metrópoles, é o teste de fogo para os prefeitos. Em alguns casos, a população simplesmente não liga e releva a "culpa" dos alcaides, mas há os que têm seus mandatos marcados pela força das enchentes. A popularidade despenca e o projeto de reeleição vai, literalmente, por água abaixo... Tudo depende da postura do governante e, é claro, do volume de chuvas. Gilberto Kassab, o desconhecido prefeito paulistano, parece estar com azar: em novembro, choveu como não acontecia desde 1978 em São Paulo. E dezembro mal começou...
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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