Em mais uma colaboração, o sofredor Jorge Rodini, diretor do instituto de pesquisas Engrácia Garcia e torcedor do peixe da Vila Belmiro, escreve sobre o que mais entende (de futebol, como se vê, não entende muito): pesquisas eleitorais e sua metodologia. E palavra de quem entende é sempre bom levar em consideração. Abaixo, na íntegra, para os leitores do blog.
A emenda à reforma eleitoral que o Senador Crivella (PRB-RJ) propôs foi acatada pelo plenário do Senado Federal nesta quarta-feira (09/09/09).
Segundo tal texto, os institutos de pesquisa terão de usar o "plano amostral e ponderação quanto a sexo , idade, grau de instrução e nível econômico" na mesma proporção da população fornecida pelo IBGE em suas estatísticas. O IBGE disponibilizaria os dados no início do ano eleitoral aos institutos.
É incrível como o Senado tem se comportado de maneira inadequada nestes últimos tempos. A boa pesquisa eleitoral toma por base amostras representativas dos eleitores de cada local. Alguém crê que exista número semelhante de mulheres brasileiras jovens de modo geral e jovens eleitoras. Está claro que não. O número de eleitores é extremamente diferente da população mensurada pelo Censo do IBGE.
Mais: a Justiça Eleitoral do Brasil fornece dados muito mais atualizados de eleitores nos seus diversos locais , faixas etárias e sexo do que o proposto pela Emenda Crivella.
O Brasil vai acabar se tornando o único país do mundo a legislar sobre metodologia científica. Além de ser uma medida totalmente sem sentido, obriga os insitutos sérios a errar. Claro, a amostra não vai corresponder ao universo dos eleitores aptos a votar.
Para extirparmos os maus institutos, temos a ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas), as altas multas para coibir fraudes, a opinião pública e os próprios concorrentes.
Imaginem que para elegermos os nossos senadores , mudássemos a lei: a partir de hoje , só podem votar os comprovadamente evangélicos ou quem sabe os flamenguistas ou somente os que gostam do Rio. Melhor: as crianças, a partir de hoje, também podem votar. Percebem como isso modificaria a eleição. Não é desse jeito, mas é esse o raciocínio. A amostra tem que ser representativa do universo estudado.
A metodologia é conhecimento adquirido. IBGE faz Censo, não pesquisa eleitoral.
O senador Crivella e seus pares ou ímpares, com todo respeito, deveriam cuidar mais da imagem da Casa para os quais foram eleitos... A título de sugestão, os senadores poderiam começar a pensar em extinguir a figura do suplente. Este ser não tem voto, não tem legitimidade e, muitas vezes, não tem o que fazer.
A emenda à reforma eleitoral que o Senador Crivella (PRB-RJ) propôs foi acatada pelo plenário do Senado Federal nesta quarta-feira (09/09/09).
Segundo tal texto, os institutos de pesquisa terão de usar o "plano amostral e ponderação quanto a sexo , idade, grau de instrução e nível econômico" na mesma proporção da população fornecida pelo IBGE em suas estatísticas. O IBGE disponibilizaria os dados no início do ano eleitoral aos institutos.
É incrível como o Senado tem se comportado de maneira inadequada nestes últimos tempos. A boa pesquisa eleitoral toma por base amostras representativas dos eleitores de cada local. Alguém crê que exista número semelhante de mulheres brasileiras jovens de modo geral e jovens eleitoras. Está claro que não. O número de eleitores é extremamente diferente da população mensurada pelo Censo do IBGE.
Mais: a Justiça Eleitoral do Brasil fornece dados muito mais atualizados de eleitores nos seus diversos locais , faixas etárias e sexo do que o proposto pela Emenda Crivella.
O Brasil vai acabar se tornando o único país do mundo a legislar sobre metodologia científica. Além de ser uma medida totalmente sem sentido, obriga os insitutos sérios a errar. Claro, a amostra não vai corresponder ao universo dos eleitores aptos a votar.
Para extirparmos os maus institutos, temos a ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas), as altas multas para coibir fraudes, a opinião pública e os próprios concorrentes.
Imaginem que para elegermos os nossos senadores , mudássemos a lei: a partir de hoje , só podem votar os comprovadamente evangélicos ou quem sabe os flamenguistas ou somente os que gostam do Rio. Melhor: as crianças, a partir de hoje, também podem votar. Percebem como isso modificaria a eleição. Não é desse jeito, mas é esse o raciocínio. A amostra tem que ser representativa do universo estudado.
A metodologia é conhecimento adquirido. IBGE faz Censo, não pesquisa eleitoral.
O senador Crivella e seus pares ou ímpares, com todo respeito, deveriam cuidar mais da imagem da Casa para os quais foram eleitos... A título de sugestão, os senadores poderiam começar a pensar em extinguir a figura do suplente. Este ser não tem voto, não tem legitimidade e, muitas vezes, não tem o que fazer.
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