Pular para o conteúdo principal

Avaliação de Lula volta a subir

Pesquisa divulgada nesta terça-feira revela que a popuaridade do presidente Lula subiu em setembro, atingindo 69%. Em um cenário de pós-crise no Senado, CPI da Petrobras e outras artilharias contra o governo, é um resultado muito razoável. A partir de agora, a população vai julgar Lula pelo balanço dos oito anos de governo que se completam em 2010. E se nada de grave acontecer até outubro, este balanço terá sido positivo, portanto a popularidade presidencial só tende a subir. Mais tarde o blog comenta os números da pesquisa sobre o cenário eleitoral. A novidade é Marina Silva, e não o empate entre Ciro e Dilma. Aguardem.

Avaliação positiva de Lula sobe 1 ponto, diz CNI/Ibope
A avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu de 68% em junho para 69% em setembro, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira. Apesar da alta, o resultado obtido ainda é inferior a dezembro de 2008, quando a avaliação positiva do governo Lula era de 73%.


PS às 14h19: Um equívoco foi cometido na nota acima. A aprovação de 69% é do governo Lula, não do presidente. Segundo o Ibope, a aprovação ao presidente oscilou de 80% para 81%. Desculpem a nossa falha.

Comentários

  1. Antes de continuar as análises, sugiro fazer esse curso rápido de jornalismo isento, imparcial e sem adjetivação disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u627442.shtml

    ResponderExcluir
  2. Fora do tópico: caso esse impasse não termine em tragédia (pelo contrário, que o fim seja a volta de Zelaya à presidência), quais as chances de Lula disputar o Nobel da Paz? Pois o que se vê na imprensa internacional são elogios ao "Brasil de Lula" (é essa a expressão em geral usada) pela coragem na atitude tomada.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda...

Dúvida atroz

A difícil situação em que se encontra hoje o presidente da República, com 51% de avaliação negativa do governo, 54% favoráveis ao impeachment e rejeição eleitoral batendo na casa dos 60%, anima e ao mesmo tempo impõe um dilema aos que articulam candidaturas ditas de centro: bater em quem desde já, Lula ou Bolsonaro?  Há quem já tenha a resposta, como Ciro Gomes (PDT). Há também os que concordam com ele e vejam o ex-presidente como alvo preferencial. Mas há quem prefira investir prioritariamente no derretimento do atual, a ponto de tornar a hipótese de uma desistência — hoje impensável, mas compatível com o apreço presidencial pelo teatro da conturbação — em algo factível. Ao que tudo indica, só o tempo será capaz de construir um consenso. Se for possível chegar a ele, claro. Por ora, cada qual vai seguindo a sua trilha. Os dois personagens posicionados na linha de tiro devido à condição de preferidos nas pesquisas não escondem o desejo de se enfrentar sem os empecilhos de terceira,...