Dois momentos, duas matérias. Primeiro, a manchete da Folha de S. Paulo de 11/03/2009. Mentirosa, é claro, porque não era verdade o que estava anunciado no título. Muitos países tiveram quedas no PIB piores da que a do Brasil, por mais tempo e em maior intensidade. Na verdade, o Brasil foi dos menos afetados pela crise financeira mundial. Mas para a Folha o que vale é bater no governo...
E, hoje, matéria da BBC reproduzida pela Folha Online, que este blogueiro duvida que será manchete da Folha de S. Paulo amanhã, sábado:
Brasil tem uma das maiores recuperações pós-recessão; veja dados
FABRÍCIA PEIXOTO
da BBC Brasil
O crescimento da economia brasileira, de 1,9% no segundo trimestre, representa um dos melhores resultado entre os países que estavam em recessão, segundo dados da agência de classificação de risco Moody's e da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
A maior recuperação do trimestre foi registrada pela Turquia (+ 2,7%), onde a economia encolheu durante quatro trimestres consecutivos. No Brasil, no entanto, foram dois.
Entre os países desenvolvidos, o que mais cresceu no segundo trimestre, em comparação ao primeiro trimestre do ano, foi o Japão, com alta de 0,9%. O país vinha apresentando um PIB (Produto Interno Bruto) negativo desde o segundo trimestre de 2008, antes mesmo do agravamento da crise, em setembro do ano passado.
"O Brasil não apenas ficou pouco tempo em recessão, como também apresentou um dos maiores crescimentos no trimestre", diz Alfredo Coutinho, diretor para América Latina da Moody's.
Enquanto no Brasil o crescimento foi puxado pelo consumo interno, no caso japonês o resultado foi impulsionado pela demanda externa, principalmente da China, e por maiores gastos do governo.
Europa
Alemanha e França também já tiraram o pé da recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de queda no PIB. As duas economias cresceram 0,3% cada.
Apesar do crescimento desses dois países, a União Europeia como um todo ainda se encontra em recessão. A economia do bloco encolheu 0,2% no segundo trimestre.
Uma das razões está no consumo das famílias. Com o aprofundamento da crise, os europeus deixaram de comprar. Investimentos e exportações também continuam negativos.
A Grã-Bretanha, um dos países mais afetados pela crise financeira internacional, registrou uma queda de 0,7% do PIB no segundo trimestre.
Américas, Índia e China
Pelo levantamento da Moody's, o Brasil é o primeiro país da América Latina a sair de uma recessão neste ano.
PUBLIFOLHA/PUBLIFOLHA
Chile e México, dois dos principais países da região, ainda estão com dados negativos. O PIB chileno caiu 0,5% no segundo trimestre, enquanto o México registrou resultado ainda pior: queda de 1,1%.
Os Estados Unidos, foco da crise atual, continuam em recessão. A economia americana vem encolhendo desde o terceiro trimestre do ano passado.
No segundo trimestre deste ano, o PIB dos Estados Unidos caiu 0,3% em comparação aos primeiros três meses de 2009.
Enquanto isso, China e Índia seguem em crescimento. O ritmo da expansão diminuiu, mas os dois países estão entre os poucos do mundo que não entraram em recessão.
No segundo trimestre deste ano, a economia chinesa cresceu 7,9% em comparação ao 2º trimestre de 2008, enquanto a Índia cresceu 6,1%.
Segundo Alfredo Coutinho, no entanto, os dados desses dois países, assim como os da Rússia, não consideram a sazonalidade e, portanto, não são comparáveis com a maioria dos países.
E, hoje, matéria da BBC reproduzida pela Folha Online, que este blogueiro duvida que será manchete da Folha de S. Paulo amanhã, sábado:
Brasil tem uma das maiores recuperações pós-recessão; veja dados
FABRÍCIA PEIXOTO
da BBC Brasil
O crescimento da economia brasileira, de 1,9% no segundo trimestre, representa um dos melhores resultado entre os países que estavam em recessão, segundo dados da agência de classificação de risco Moody's e da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
A maior recuperação do trimestre foi registrada pela Turquia (+ 2,7%), onde a economia encolheu durante quatro trimestres consecutivos. No Brasil, no entanto, foram dois.
Entre os países desenvolvidos, o que mais cresceu no segundo trimestre, em comparação ao primeiro trimestre do ano, foi o Japão, com alta de 0,9%. O país vinha apresentando um PIB (Produto Interno Bruto) negativo desde o segundo trimestre de 2008, antes mesmo do agravamento da crise, em setembro do ano passado.
"O Brasil não apenas ficou pouco tempo em recessão, como também apresentou um dos maiores crescimentos no trimestre", diz Alfredo Coutinho, diretor para América Latina da Moody's.
Enquanto no Brasil o crescimento foi puxado pelo consumo interno, no caso japonês o resultado foi impulsionado pela demanda externa, principalmente da China, e por maiores gastos do governo.
Europa
Alemanha e França também já tiraram o pé da recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de queda no PIB. As duas economias cresceram 0,3% cada.
Apesar do crescimento desses dois países, a União Europeia como um todo ainda se encontra em recessão. A economia do bloco encolheu 0,2% no segundo trimestre.
Uma das razões está no consumo das famílias. Com o aprofundamento da crise, os europeus deixaram de comprar. Investimentos e exportações também continuam negativos.
A Grã-Bretanha, um dos países mais afetados pela crise financeira internacional, registrou uma queda de 0,7% do PIB no segundo trimestre.
Américas, Índia e China
Pelo levantamento da Moody's, o Brasil é o primeiro país da América Latina a sair de uma recessão neste ano.
PUBLIFOLHA/PUBLIFOLHA
Chile e México, dois dos principais países da região, ainda estão com dados negativos. O PIB chileno caiu 0,5% no segundo trimestre, enquanto o México registrou resultado ainda pior: queda de 1,1%.
Os Estados Unidos, foco da crise atual, continuam em recessão. A economia americana vem encolhendo desde o terceiro trimestre do ano passado.
No segundo trimestre deste ano, o PIB dos Estados Unidos caiu 0,3% em comparação aos primeiros três meses de 2009.
Enquanto isso, China e Índia seguem em crescimento. O ritmo da expansão diminuiu, mas os dois países estão entre os poucos do mundo que não entraram em recessão.
No segundo trimestre deste ano, a economia chinesa cresceu 7,9% em comparação ao 2º trimestre de 2008, enquanto a Índia cresceu 6,1%.
Segundo Alfredo Coutinho, no entanto, os dados desses dois países, assim como os da Rússia, não consideram a sazonalidade e, portanto, não são comparáveis com a maioria dos países.
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