Os paulistanos viveram um dia de cão ontem, com a chuva e os problemas no trânsito e telefonia. A cidade parou, o caos foi completo. A imprensa dá destaque para o episódio, é claro, mas poupou o prefeito Gilberto Kassab (DEM) de qualquer responsabilidade. Claro, Kassab não é pajé, não pode fazer a dança da chuva (ou do sol), não tem como evitar certas calamidades. Que fique claro, a culpa pelo caos não é dele. Porém, a diferença entre a cobertura deste caso e de quase todos os episódios semelhantes que ocorreram na gestão Marta Suplicy (PT) é gritante. Quanto a petista era prefeita, uma chuva mais fraca já gerava pautas sobre o desempenho da administração municipal na limpeza de boca de lobos e bueiros, sempre com viés negativo para a ex-alcaíde paulistana. Durante os quatro anos que governou a cidade, Marta era cobrada pelo menor problema que a cidade tivesse. Já Kassab, darling da mídia, praticamente só aparece em situações positivas.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
Olha Luiz, a gente aqui nem vive em São Paulo...
ResponderExcluirMas olhando daqui de cima, a culpa é do Kassab sim!
Esse corte na verba de limpeza pública, com todo o respeito, é coisa de país da oitavo mundo.
"A partir de agora só os ricos vão ter coleta de lixo". Pelo amor de Deus. Como que não vai alguém dar uma surra de cabo de vassoura no Kassab tá além da minha compreensão.
Mais lixo = entupimento de sitema de esgoto = enchentes em qualquer chuva.
Tá aí o tal do "minhocão" alagado - http://blogdofavre.ig.com.br/2009/09/cidade-suja-e-inundada-obra-de-kassab/
E aqui, 1.300 KM sem coleta de lixo -
http://blogdofavre.ig.com.br/2009/09/sp-corta-verba-da-varricao-e-kassab-culpa-antecessores/
Sério: Mil e trezentos?????? Te dar uma dica porque você é legal: se muda de são paulo. Curitiba, BH, Porto, até o rio. Qualquer lugar. São Paulo tá ficando além de qualquer salvação.
A culpa é de ambos. A cidade também parou sob a "administração" petista. Querer defender a Marta atacando o Kassab é, no mínimo, inocência. Ambos culpados e ambos sem o meu voto.
ResponderExcluirPode ser q a época de Kassab queridinho da mídia esteja chegando ao fim. O jornal Agora SP "manchetou" - Minhocão alagado obra do Kassab - Posso estar equivocado, mas me parece estar havendo um movimento, por eqto discreto, para fazer Kassab desistir da candidatura ao governo pra facilitar as coisas pro Chuchu e, por tabela, unir o campo pró Serra. Aguardem os próximos lances.
ResponderExcluirMaravilha hein, unir o campo pró-Serra? ... Mudar de São Paulo não resolve, as mentes ignorantes se alastram no mundo inteiro. Falta atitude e acesso às verdadeiras modificações sociais. Escolher quem erra menos não é fácil, mas (você/nós) errar menos é insuperável não é?
ResponderExcluirMovam as perninhas, plante arvorezinhas e deixem a cidade limpinha, por favor. Vamos nos ajudar...
Abraços
Johnny, é isso mesmo. reação dos tucanos com medo do acordo demoserraquercia. Ficou muito ridículo o kassab querer culpar a marta. até o pessoal pró serra da radio jovem pan, chiou. a mídia paulistana acabou com São Paulo defendendo os demotucanos. Pobre paulistanos. O Brasil precisa saber dessa farça.
ResponderExcluirCulpa da chuva
ResponderExcluirCusto a entender como o paulistano suporta diariamente esse indescritível colapso dos transportes urbanos e continua elegendo a mesma casta política para administrar o Estado. Ninguém jamais será responsabilizado pelo cenário apocalíptico das enchentes e dos congestionamentos monstruosos? O eleitor entregou-se a tamanha catatonia que simplesmente acredita na culpa do temporal, do feriado, do “grande fluxo de veículos”?
São décadas de continuidade administrativa ininterrupta, com uma fortuna já incalculável pretensamente gasta em investimentos, obras faraônicas e propaganda. A malha metroviária continua ridícula e os rios infectos, transbordando sob qualquer chuvisco passageiro (não, isso não acontece apenas com precipitações intensas). E o máximo que o cidadão consegue fazer é dar de ombros e concordar que vida nas cidades piorou muito nos últimos tempos...
Claro, essa passividade tem a colaboração militante da imprensa paulista. Um governo petista seria trucidado pelo espetáculo ignóbil destes dias chuvosos (e não mencionei segurança, educação, saúde). Mas, como a reeleição de Lula provou, a mídia não fabrica eleições sozinha. É impossível assistir ao martírio da população da capital sem constatar um sutil lampejo de merecimento.