Não tem jeito, esta quinta-feira parece ser o dia de malhar o Dunga. Agora quem escreve é o mestre Wagner Iglecias, professor de Ciência Política da USP Leste, que nem bem terminou de ler o comentário de Jorge Rodini e já bateu o dele também, com a devida indicação de novo técnico para a seleção nacional. Abaixo, a íntegra:
A seleção brasileira desta quarta-feira contra o Uruguai no Morumbi foi o que a seleção brasileira tem sido há tempos. Ou seja, um punhado de jogadores de ótima qualidade, que por talento de sobra ou lances de sorte acabam, mesmo quando jogam mal, se dando bem. É verdade que às vezes ocorrem as exceções, como naquele 0x1 diante da França, que nos custou a eliminação da Copa do Mundo da Alemanha em 2006. Mas na maioria dos casos, mesmo sem muita organização tática, temos nos dado melhor que nossos adversários. Mais ou menos naquela linha de raciocínio de que “uma hora a gente faz o gol”. E não é que quase sempre fazem mesmo?
O Brasil viu o Uruguai jogar a vontade no primeiro tempo, e só melhorou quando, por ironia, o ex-volante Dunga sacou do time o genial Ronaldinho Gaúcho para por em seu lugar um terceiro volante. Mas foi melhora pequena, que para sorte de Dunga coincidiu com o gol quase por acaso anotado por Luís Fabiano. Não fosse defesa magistral de Julio César, em plena terra de Rogério Ceni, e o Brasil teria tomado o empate logo em seguida, pois o Uruguai levou o segundo gol mas continuou em cima, relembrando a velha garra uruguaia que parecia sumida nos últimos tempos.
Em meio à correria e ao voluntarismo dos craques brasileiros o que prevaleceu foi o óbvio: falta esquema tático à seleção. E Dunga não tem lá tanta culpa nisso. Há tempos que o maior orgulho nacional, a seleção brasileira, atua no vamo-que-vamo, na base do talento individual, da jogada de bola parada ou do lampejo de um craque em jornada inspirada. E com isso temos tido êxito, é verdade, como nas várias conquistas recentes. No passado recente nossos times foram comandados por gente que até buscava arrumar o time dentro de campo, mas que antes de tudo era boa no quesito “gestão de pessoas”. E olha que isso não é tarefa fácil, afinal geriram craques consagrados, milionários e, por que não imaginar, muitas vezes entediados.
Lembrar o peso e a tradição da amarelinha ou criar um ambiente de família junto a tantas estrelas é muito importante. Mas mais importante é dar padrão de jogo ao provável melhor time do mundo, saber mexer as peças durante a partida, mudar completamente o esquema tático no decorrer da batalha a depender dos movimentos do adversário. E nesse quesito, perdoem-me quem não goste, tem alguém que sobra: Wanderley Luxemburgo. Que além de saber tudo isso também sabe motivar os grupos que dirige. Luxa já!
A seleção brasileira desta quarta-feira contra o Uruguai no Morumbi foi o que a seleção brasileira tem sido há tempos. Ou seja, um punhado de jogadores de ótima qualidade, que por talento de sobra ou lances de sorte acabam, mesmo quando jogam mal, se dando bem. É verdade que às vezes ocorrem as exceções, como naquele 0x1 diante da França, que nos custou a eliminação da Copa do Mundo da Alemanha em 2006. Mas na maioria dos casos, mesmo sem muita organização tática, temos nos dado melhor que nossos adversários. Mais ou menos naquela linha de raciocínio de que “uma hora a gente faz o gol”. E não é que quase sempre fazem mesmo?
O Brasil viu o Uruguai jogar a vontade no primeiro tempo, e só melhorou quando, por ironia, o ex-volante Dunga sacou do time o genial Ronaldinho Gaúcho para por em seu lugar um terceiro volante. Mas foi melhora pequena, que para sorte de Dunga coincidiu com o gol quase por acaso anotado por Luís Fabiano. Não fosse defesa magistral de Julio César, em plena terra de Rogério Ceni, e o Brasil teria tomado o empate logo em seguida, pois o Uruguai levou o segundo gol mas continuou em cima, relembrando a velha garra uruguaia que parecia sumida nos últimos tempos.
Em meio à correria e ao voluntarismo dos craques brasileiros o que prevaleceu foi o óbvio: falta esquema tático à seleção. E Dunga não tem lá tanta culpa nisso. Há tempos que o maior orgulho nacional, a seleção brasileira, atua no vamo-que-vamo, na base do talento individual, da jogada de bola parada ou do lampejo de um craque em jornada inspirada. E com isso temos tido êxito, é verdade, como nas várias conquistas recentes. No passado recente nossos times foram comandados por gente que até buscava arrumar o time dentro de campo, mas que antes de tudo era boa no quesito “gestão de pessoas”. E olha que isso não é tarefa fácil, afinal geriram craques consagrados, milionários e, por que não imaginar, muitas vezes entediados.
Lembrar o peso e a tradição da amarelinha ou criar um ambiente de família junto a tantas estrelas é muito importante. Mas mais importante é dar padrão de jogo ao provável melhor time do mundo, saber mexer as peças durante a partida, mudar completamente o esquema tático no decorrer da batalha a depender dos movimentos do adversário. E nesse quesito, perdoem-me quem não goste, tem alguém que sobra: Wanderley Luxemburgo. Que além de saber tudo isso também sabe motivar os grupos que dirige. Luxa já!
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