Está impecável o comentário de Luiz Weis sobre o comportamento da Folha de S. Paulo na cobertura do episódio envolvendo o padre Júlio Lancellotti. O jornalista do Estadão observa em seu blog Verbo Solto que a Folha deu o título "Ex-interno diz que fazia sexo por dinheiro com padre" chamada de primeira página (saiu acima da dobra e com destaque), no último dia 28/10. Na edição desta quinta-feira, continua Weis, a mesma Folha publica matéria no caderno Cotidiano com o título "Polícia conclui que padre Júlio sofreu extorsão". "Na primeira página, nada, nem uma única palavra sobre o caso", conclui o jornalista na nota "Depois da apelação, a omissão"
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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