Vale a pena ler o artigo abaixo, do jornalista Fernando de Barros e Silva, publicado nesta segunda-feira na Folha. Este blog não concorda com tudo que vai abaixo, mas considera especialmente feliz o final do texto.
O PFL mudou de nome, mas continua o mesmo, incorrigível. A julgar pelos termos da nota contra as declarações de Lula sobre a Venezuela, a neomarqueteira Paula Lavigne terá muito trabalho com seus bravos Democratas. Bisonhos em matéria de democracia, os demos foram educados na escola da ditadura. Freqüentaram-na até anteontem. Pularam, por oportunismo, no último salva-vidas para o mar da democracia, quando já fazia água no navio dos milicos.
Desde então, os pefelês prestaram relevantes serviços -a si mesmos- com Sarney, Collor e FHC, até serem defenestrados da condição de eterna linha auxiliar do poder. A travessia no deserto da oposição não os tornou melhores. Nossos liberais vivem mal longe do Estado.
Na nota divulgada no feriado, os demos acusam Lula de ter feito "a mais grave ameaça à democracia brasileira desde que assumiu o mandato" e repudiam a "sociedade com o ditador da Venezuela"; dizem a seguir que Lula "emite sinal verde a golpistas" para "impedir a alternância de poder no Brasil"; colocam-se, enfim, na linha de frente contra "tentativas de golpe de Estado com o objetivo de instalar uma ditadura no Brasil".
Podemos ficar tranqüilos: os bons demos nos salvarão da ditadura lulo-chavista. Ora, não é preciso ser muito arguto, basta ser honesto para concluir que não há semelhança relevante entre Lula e Chávez -ou entre o lulismo e o chavismo.
Chávez é um ditador "in progress", que se vale dos instrumentos da democracia para requentar o velho populismo autoritário da América Latina; Lula é de outra espécie -um tipo de Macunaíma rendido ao pragmatismo fisiológico e corrupto da política brasileira.
Uma coisa é certa: o 3º mandato entrou de vez na agenda da porção venezuelana da oposição brasileira. Tornou-se sua razão de viver -ou sobreviver. A sombra do chavismo é a bússola dos Democratas; sem ela, não sabem onde fica o sol. Se tiver juízo, Lula vira logo essa página. Os demos são ruins de voto, mas de golpe eles entendem.
O PFL mudou de nome, mas continua o mesmo, incorrigível. A julgar pelos termos da nota contra as declarações de Lula sobre a Venezuela, a neomarqueteira Paula Lavigne terá muito trabalho com seus bravos Democratas. Bisonhos em matéria de democracia, os demos foram educados na escola da ditadura. Freqüentaram-na até anteontem. Pularam, por oportunismo, no último salva-vidas para o mar da democracia, quando já fazia água no navio dos milicos.
Desde então, os pefelês prestaram relevantes serviços -a si mesmos- com Sarney, Collor e FHC, até serem defenestrados da condição de eterna linha auxiliar do poder. A travessia no deserto da oposição não os tornou melhores. Nossos liberais vivem mal longe do Estado.
Na nota divulgada no feriado, os demos acusam Lula de ter feito "a mais grave ameaça à democracia brasileira desde que assumiu o mandato" e repudiam a "sociedade com o ditador da Venezuela"; dizem a seguir que Lula "emite sinal verde a golpistas" para "impedir a alternância de poder no Brasil"; colocam-se, enfim, na linha de frente contra "tentativas de golpe de Estado com o objetivo de instalar uma ditadura no Brasil".
Podemos ficar tranqüilos: os bons demos nos salvarão da ditadura lulo-chavista. Ora, não é preciso ser muito arguto, basta ser honesto para concluir que não há semelhança relevante entre Lula e Chávez -ou entre o lulismo e o chavismo.
Chávez é um ditador "in progress", que se vale dos instrumentos da democracia para requentar o velho populismo autoritário da América Latina; Lula é de outra espécie -um tipo de Macunaíma rendido ao pragmatismo fisiológico e corrupto da política brasileira.
Uma coisa é certa: o 3º mandato entrou de vez na agenda da porção venezuelana da oposição brasileira. Tornou-se sua razão de viver -ou sobreviver. A sombra do chavismo é a bússola dos Democratas; sem ela, não sabem onde fica o sol. Se tiver juízo, Lula vira logo essa página. Os demos são ruins de voto, mas de golpe eles entendem.
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