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Semana de 18 a 23 de novembro de 2019

O FATO DA SEMANA:
GASPARI DENUNCIA MANOBRA DE MORO COM PALLOCI
É grave a denúncia do colunista da Folha. Escreveu ele em 20/11: Bebianno, ex-secretário-geral da Presidência, contou a Fábio Pannunzio que Moro estava convidado para o Ministério da Justiça antes que as urnas do 2º turno fossem apuradas. Mais: naquele 28 de outubro, o “Posto Ipiranga” Guedes revelou-lhe que havia conversado com o juiz “5 ou 6 vezes”. Talvez o mistério da conexão de Moro com a campanha de Jair Bolsonaro pudesse ser desvendado se os envolvidos ralassem nos métodos da Lava Jato: condução coercitiva, prisão preventiva interminável e oferta de delação premiada. Não é o caso. Doze dias depois do 1º turno e 11 dias antes do 2º, a revista Crusoé informou: “Sergio Moro aceitou ser ministro de Bolsonaro”. No dia seguinte circulou a notícia de que Moro aceitaria ser nomeado para o STF. tudo seria o jogo jogado se o ex-juiz não tivesse soltado o anexo da delação de Palocci 6 dias antes do 1º turno. Mais em http://bit.ly/2qCnnHj

O que mais bombou
✓ ROBINSON BORGES: O 4º PODER E A DEMOCRACIA – Do editor de Cultura do jornal Valor Econômico: depois de dar o seu voto decisivo e promover uma reviravolta no entendimento que permitia a execução da pena de prisão para condenados em segunda instância, Dias Toffoli, presidente do STF, foi passar o fim de semana em Ilhabela. Descontraído, vestindo calça de abrigo e camiseta, ele reuniu-se com um grupo de intelectuais na casa de Sonia e Tércio Sampaio Ferraz, um dos grandes mestres do Largo São Francisco, para discutir o quarto poder e a democracia. Apesar do horizonte idílico, o tom às vezes era grave. “Não existe democracia sem imprensa livre. Não existe democracia sem liberdade de expressão”, disse Toffoli. Para ele, as mídias sociais alteraram a dinâmica da informação radicalmente. Continua em: http://bit.ly/2CYTEL7

✓ BUCCI: BOM DIA, ESCRAVO – Eugênio Bucci no Estadão de 21/11: Nos EUA, a senadora democrata Elizabeth Warren abriu uma cruzada contra o Facebook e outros titãs da tecnologia digital (tech industry), como Amazon e Google. Possível candidata à sucessão de Donald Trump, ela pretende quebrar os monopólios exercidos por essas empresas. Do outro lado do Atlântico, a EU procura fazer a sua parte. Tentou proibir os gigantes Facebook e WhatsApp de compartilhar dados sobre seus usuários, uma prática que, segundo o Parlamento Europeu, violaria as políticas de proteção de dados do continente e favoreceria ainda mais o mercado monopolista. A UE também vem exigindo que os conglomerados digitais adotem medidas mais efetivas contra fake news, mas não impôs recuos significativos aos tais titãs. Perto do novo formato de exploração, dar espelhinho a índio é um gesto solidário. Leia mais em: http://bit.ly/2KFlmkz

✓ NIZAN GUANAES: SERES EM SÉRIES – “É um erro dizer que os jovens de hoje não leem. Eles leem as séries. E essas séries tornam crianças e adolescentes seres do mundo, com mais informações do que qualquer um de nós que líamos "Meu Pé de Laranja Lima" no século passado. O Google é a Biblioteca de Alexandria no celular, e a Netflix e o YouTube, cinematecas globais numa tela perto de você. Íntegra em: http://bit.ly/335HeMp

✓ DIREITOS HUMANOS PERDEM SOBEL – Faleceu na sexta, 22/11, Henry Sobel, 75, rabino símbolo da defesa dos direitos humanos no Brasil. Ele não resistiu a complicações associadas a um câncer no pulmão. O enterro será em Nova Jersey e ele deixo a esposa e uma filha. Rabino emérito da Congregação Israelita Paulista, Sobel teve forte atuação na defesa dos direitos humanos no Brasil. Quando o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado, em 25 de outubro de 1975, o jovem rabino Sobel não engoliu a versão oficial da ditadura. Mais em http://bit.ly/2XBVJ9o


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