Desde Fernando Collor, passando por FHC e Lula, todos os presidentes apresentaram algum tipo de reforma para o setor público brasileiro. A de Collor foi desastrosa, a de FH, tímida e a de Lula, rendida ao corporativismo. Agora a dupla Posto Ipiranga e Bolsonaro estão propondo algo arrojado. Têm problemas, sempre há algum problema, será negociado no Congresso, vão mudar muita coisa. Mas o fato é que precisamos de uma burocracia mais enxuta, ágil e qualificada. Não é questão de ser de direita ou esquerda, o problema é mais profundo, porque diz respeito à produtividade do serviço público, que aqui é ridicularmente baixa. Neste caso, portanto, o governo acerta e está em um bom caminho...
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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