Pular para o conteúdo principal

Um promotor irresponsável

O que vai abaixo está no blog do jornalista Ricardo Noblat e é estarrecedor.

Promotor diz que pai matou a filha

Foi o pai, Alexandre Nardoni, que jogou pela janela a filha Isabella Nardoni, de 5 anos. A informação foi dada esta tarde pelo promotor Francisco José Cembranelli em conversa reservada com um grupo de jornalistas.

No passado o promotor foi professor de Alexandre. Refere-se a ele como "um vagabundo, que sempre viveu às custas do pai, um playboy".

Oficialmente a polícia de São Paulo diz que 70% do crime foram desvendados. O que ela não diz é que o restante não será capaz de contrariar o que já foi apurado.

O depoimento da mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, inocenta Alexandre e a madrasta Ana Carolina Jatobá.


Se Noblat publicou a frase do promotor Cembranelli entre aspas, é porque ele provavelmente tem a frase gravada. O jornalista está correto em publicar o que lhe chegou em mãos, mas o promotor jamais poderia ter dito o que disse, ainda que Nardoni seja mesmo o assassino.

Comentários

  1. Eu nao sei se o Noblat tem isso gravado. Caso tenha, acredito ser necessario ele falar algo do tipo, afirmando possuir uma gravacao d tal estupida assercao do promotor. Por que? Simples, porque o promotor ja esta acusando o Noblat de mau-caratismo, afirmando que ele nunca afirmou isso.

    Se o promotor realmente afirmou isso, ele deveria sofrer algum tipo de sindicancia, pois ele como um agente publico, nao pode afirmar tais coisas buscando o maximo possivel imparcialidade. Isso, se verdade, seria um grande exemplo de falta de profissionalismo e de etica profissional.

    Agora, se o Noblat inventou isso...bem, nao sei o tipo de procedimento que o Estado poderia tomar contra ele, mas no minimo ele estaria sendo a prova viva da atual falta de etica profissional jornalista que parece estar contaminando inumeros setores da midia.

    Se temos que tomar cuidado com a questao de nao julgar o pai da Isabella, temos que tomar cuidado em nao julgar NINGUEM pelo fato que um jornalista disse algo. Ele tem que no minimo apresentar provas pra isso, como deve ser exigido em qualquer caso de acusacao sobre alguem.

    ResponderExcluir
  2. O Noblat tornou-se inesquecível depois que publicou como notícia verdadeira uma piada do site Cocadaboa, um site de humor que ficou muito famoso há alguns anos.

    ResponderExcluir
  3. Conversa reservada com jornalistas? Apontando o assassino do caso mais comentado do momento? Essa é boa... Se a informação não sai às claras, o promotor influencia a cobertura.

    ResponderExcluir
  4. 1º 4 milhões de crianças morrem por ano em conseqüência somente da poluição.

    2º Cerca de 30.000 crianças morrem ao ano de sarampo na Indonésia.

    3º Quase 9,7 milhões de crianças morrem todos os anos antes de completar 5 anos de idade por conta de doenças como a pneumonia e a malária.

    4º Cerca de 25 mil pessoas, em sua maioria crianças, morrem a cada ano na África vítimas da raiva.

    5º A cada minuto, 12 crianças
    morrem de fome no mundo

    O Brasil promove uma "festa publicitária" em cima de uma fatalidade na classe média.

    O mundo caminha para destruição e o homem culpa um ao outro.

    Mas tudo bem vamos continuar com o circo porquê o caso da pobre Isabella Nardoni ainda não acabou, ainda têm um próximo número, pode ser os "Cartões Corporativos" ou quem sabe com o que a mídia vai nos ocupar para que nós não nos preocuparmos com a realidade de agora.

    Everton Shinabe

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And

OCDE e o erro do governo na gestão das expectativas

O assunto do dia nas redes é a tal negativa dos Estados Unidos para a entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Enquanto os oposicionistas aproveitam para tripudiar, os governistas tentam colocar panos quentes na questão, alegando que não houve propriamente um veto à presença do Brasil no clube dos grandes, a Série A das nações. Quem trabalha com comunicação corporativa frequentemente escuta a frase "é preciso gerenciar a expectativa dos clientes". O problema todo é que o governo do presidente Bolsonaro vendeu como grande vitória a entrada com apoio de Trump - que não era líquida e certa - do país na OCDE. Ou seja, gerenciou mal a expectativa do cliente, no caso, a opinião pública brasileira. Não deixa de ser irônico que a Argentina esteja entrando na frente, logo o país vizinho cujo próximo governo provavelmente não será dos mais alinhados a Trump. A questão toda é que o Brasil não "perdeu", como o pobre Fla-Flu que impe