Pular para o conteúdo principal

Com aquilo virado para a lua

A se confirmar a informação divulgada nesta segunda-feira de que há um campo de Petróleo no Rio de Janeiro cinco vezes maior do que o de Tupi – seria "apenas" o terceiro maior do mundo –, o presidente Lula poderá dizer com toda a "tranquilidade que nunca antes neste país" houve um governante com tanta sorte como Luiz Inácio. Sim, é verdade que os frutos só serão colhidos lá na frente, mas por que cargas d'água não foi Fernando Henrique, Itamar ou mesmo Collor o portador da boa nova para o povo brasileiro? Não, tinha mesmo que ser no governo Lula... Já há tucanos sugerindo que este mar de petróleo pode ser a solução para equilibrar o jogo eleitoral daqui para frente: bastaria que o presidente Lula se candidatasse à presidência da Opep, deixando vaga a cadeira do Palácio do Planalto. Quem sabe assim alguém do PSDB conseguisse chegar lá de novo. Do contrário, parece que vai demorar...

Comentários

  1. Eu mesmo disse, quando ouvi a notícia, que queria passar a mão no traseiro do presidente só uma vezinha, e correr prà lotérica mais próxima, sem lavar a mão, quando fosse solto pela polícia.

    Mas isso não é sorte, é trabalho. É vontade política+investimento.

    Depois de um longo período no limbo da pré-piratização, com desinvestimento e gestões incompetentes, a Petrobrás (insisto no acento) volta a investir e a ocupar-se da sua função principal: achar petróleo.

    O resultado está à vista.

    ResponderExcluir
  2. Concordo com o Tomás. O atual governo trabalha com a idéia de PetroBRAS (BRAS de Brasil) e não com a idéia de Petrobrax (ou seja, a exclusão da idéia de Brasil do nome). Desse modo, a "sorte" é mera conseqüência. Imaginemos se a empresa houvesse sido privatizada nos tempos de FHC. Todo mundo agora estaria dizendo que o que está ocorrendo é fruto do trabalho e do investimento, e que antes, como estatal, a empresa estava no atraso blá blá blá. Alguém tem dúvida disso?

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue

Rogério Andrade, o rei do bicho

No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And

OCDE e o erro do governo na gestão das expectativas

O assunto do dia nas redes é a tal negativa dos Estados Unidos para a entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Enquanto os oposicionistas aproveitam para tripudiar, os governistas tentam colocar panos quentes na questão, alegando que não houve propriamente um veto à presença do Brasil no clube dos grandes, a Série A das nações. Quem trabalha com comunicação corporativa frequentemente escuta a frase "é preciso gerenciar a expectativa dos clientes". O problema todo é que o governo do presidente Bolsonaro vendeu como grande vitória a entrada com apoio de Trump - que não era líquida e certa - do país na OCDE. Ou seja, gerenciou mal a expectativa do cliente, no caso, a opinião pública brasileira. Não deixa de ser irônico que a Argentina esteja entrando na frente, logo o país vizinho cujo próximo governo provavelmente não será dos mais alinhados a Trump. A questão toda é que o Brasil não "perdeu", como o pobre Fla-Flu que impe