O delegado que cuida das investigações da morte da menina Isabella pediu a prisão preventiva do pai e da madastra da menina. É possível que a polícia já tenha indícios de que o casal realmente matou a garota ou então o delegado se sentiu pressionado e decidiu agir antes que as cobranças começassem a prejudicar a apuração. É preciso aguardar o desenrolar dos fatos, mas ainda que o pai e/ou a madrasta de Isabella sejam criminosos, continua a não existir justificativa para a capa do Diário de S. Paulo de ontem, reproduzida no comentário anterior. A diferença toda é que se o pai for o assassino, ninguém vai dar muita bola para a barbaridade cometida pelo jornal.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
Até porque se trata de profecia auto-cumprida. O juiz decreta a prisão influenciado pela manchete do jornal.
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