Muita gente achou que este blog exagerou quando publicou a nota abaixo, sobre os planos de Geraldo Alckmin (PSDB) para 2010. Pois basta ler o que esta reproduzido em seguida, uma matéria da Folha de S. Paulo desta sexta-feira, para perceber que o tucanato está de olho, sim, na possibilidade de Alckmin entrar na briga da presidência se vencer a eleição para a prefeitura de São Paulo, hipótese hoje absolutamente provável.
Geraldo, de novo, pode atropelar rivais
Que ninguém se engane com a cara de bom moço do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele sabe fazer contas e já entendeu que a eleição de 2008 é a melhor chance para tentar chegar à presidência da República em 2010. Sim, tucano nenhum fala no assunto, mas se Alckmin vencer a eleição para a prefeitura – hipótese hoje bastante provável –, por que razão ele iria esperar o longínquo ano de 2020 para tentar se tornar presidente do Brasil? A conta é simples: Alckmin e a torcida do flamengo já perceberam que a eleição de 2010 é uma oportunidade de ocasião porque o presidente Lula estará fora da disputa, o que faz toda a diferença. Em 2015 – todo mundo no meio político já dá como favas contadas o fim da reeleição e o mandato de 5 anos para cargos executivos – Lula estará de novo na parada, possivelmente como candidato de oposição, mas sempre a favor do Brasil. Claro que é difícil fazer previsões em um prazo tão longo, mas é pouco provável que a estupenda popularidade do presidente caia tanto até lá, de forma que ele no mínimo deve ser visto como um forte candidato.
Tudo somado, se Alckmin não sair candidato em 2010, vai precisar esperar até 2020, mas dez anos é realmente muito tempo e seu guru Gabriel Chalita não pode esperar tanto para iniciar a verdadeira revolução na educação nacional. Portanto, Serra e Aécio que se cuidem, Geraldinho sabe comer pelas beiradas, gosta de "amassar barro" e bater perna e com este jeito de sonso ainda vai dar muita dor de cabeça para os grão-tucanos.
2. Para atrair Serra, Alckmin negocia 2010, FSP, 04/04/08
Para conseguir o apoio de José Serra à sua pré-campanha a prefeito neste ano, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) se comprometeu, em uma conversa reservada com o governador de São Paulo, a não postular a candidatura tucana à Presidência em 2010 e manter uma postura de "neutralidade" na disputa interna do partido.
Alckmin, segundo colocado na mais recente pesquisa Datafolha sobre a prefeitura paulistana, quer empenho de Serra na tarefa de unir o partido em torno de seu nome e de convencer o prefeito Gilberto Kassab (DEM) a desistir da disputa.
Alckmin tem dito que só entrará na eleição deste ano se tiver a garantia de que o PSDB paulista estará unido em torno de seu nome. Em conversas reservadas, diz temer ser "cristianizado" ou abandonado pelo partido, como ocorreu em 2006, quando disputou a Presidência e foi derrotado por Lula.
A ala ligada a Serra no PSDB faz parte da administração municipal de Kassab e trabalha por uma aliança que tenha o democrata, terceiro colocado na pesquisa, à frente da chapa.
O ex-governador sinalizou que o Planalto não faz parte de seus planos, pelo menos no curto prazo, e que procurará manter posição de "neutralidade" em uma possível disputa interna dos tucanos em 2010.
Alckmin procurou desfazer a imagem de que sua candidatura a prefeito tem como "padrinho" o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, outro postulante à Presidência e, portanto, concorrente direto de Serra.
Geraldo, de novo, pode atropelar rivais
Que ninguém se engane com a cara de bom moço do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele sabe fazer contas e já entendeu que a eleição de 2008 é a melhor chance para tentar chegar à presidência da República em 2010. Sim, tucano nenhum fala no assunto, mas se Alckmin vencer a eleição para a prefeitura – hipótese hoje bastante provável –, por que razão ele iria esperar o longínquo ano de 2020 para tentar se tornar presidente do Brasil? A conta é simples: Alckmin e a torcida do flamengo já perceberam que a eleição de 2010 é uma oportunidade de ocasião porque o presidente Lula estará fora da disputa, o que faz toda a diferença. Em 2015 – todo mundo no meio político já dá como favas contadas o fim da reeleição e o mandato de 5 anos para cargos executivos – Lula estará de novo na parada, possivelmente como candidato de oposição, mas sempre a favor do Brasil. Claro que é difícil fazer previsões em um prazo tão longo, mas é pouco provável que a estupenda popularidade do presidente caia tanto até lá, de forma que ele no mínimo deve ser visto como um forte candidato.
Tudo somado, se Alckmin não sair candidato em 2010, vai precisar esperar até 2020, mas dez anos é realmente muito tempo e seu guru Gabriel Chalita não pode esperar tanto para iniciar a verdadeira revolução na educação nacional. Portanto, Serra e Aécio que se cuidem, Geraldinho sabe comer pelas beiradas, gosta de "amassar barro" e bater perna e com este jeito de sonso ainda vai dar muita dor de cabeça para os grão-tucanos.
2. Para atrair Serra, Alckmin negocia 2010, FSP, 04/04/08
Para conseguir o apoio de José Serra à sua pré-campanha a prefeito neste ano, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) se comprometeu, em uma conversa reservada com o governador de São Paulo, a não postular a candidatura tucana à Presidência em 2010 e manter uma postura de "neutralidade" na disputa interna do partido.
Alckmin, segundo colocado na mais recente pesquisa Datafolha sobre a prefeitura paulistana, quer empenho de Serra na tarefa de unir o partido em torno de seu nome e de convencer o prefeito Gilberto Kassab (DEM) a desistir da disputa.
Alckmin tem dito que só entrará na eleição deste ano se tiver a garantia de que o PSDB paulista estará unido em torno de seu nome. Em conversas reservadas, diz temer ser "cristianizado" ou abandonado pelo partido, como ocorreu em 2006, quando disputou a Presidência e foi derrotado por Lula.
A ala ligada a Serra no PSDB faz parte da administração municipal de Kassab e trabalha por uma aliança que tenha o democrata, terceiro colocado na pesquisa, à frente da chapa.
O ex-governador sinalizou que o Planalto não faz parte de seus planos, pelo menos no curto prazo, e que procurará manter posição de "neutralidade" em uma possível disputa interna dos tucanos em 2010.
Alckmin procurou desfazer a imagem de que sua candidatura a prefeito tem como "padrinho" o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, outro postulante à Presidência e, portanto, concorrente direto de Serra.
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