O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), está mostrando sensibilidade política (ou encomendou alguma pesquisa qualitativa) ao se movimentar para tentar melhorar o trânsito da cidade de São Paulo. Como a economia está crescendo e a renda dos mais pobres, aumentando, a violência, que ainda é muito grande, já não é percebida como o principal problema na capital paulista. Agora, o "talk of the town", como gostam dizer os chiques tucanos e democratas, é o trânsito horrível da cidade. Kassab percebeu que este será o seu calcanhar de Aquiles na campanha deste ano e mandou brasa: anunciou a inclusão dos caminhões no rodízio de São Paulo. Se a medida vai dar certo ou não, só o tempo dirá. Claro que alguma coisa deve melhorar, mas analisando a questão como leigo e não especialista no assunto, ao autor destas Entrelinhas a nova restrição parece ser um paliativo. De toda maneira, Kassab se posiciona como alguém que está preocupado com o trânsito e, mais do que isto, como um prefeito que não teme tomar medidas que desagradem o poder econômico. A campanha paulistana realmente promete fortes emoções neste ano.
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
Creio que o rodízio de caminhões não significa que o Kassab está preocupado com os problemas do trânsito. Ele está preocupado com o menor impacto "eleitoral" possível. No caso dos caminhões, muitos motoristas moram fora da cidade de São Paulo e não são possíveis eleitores de Kassab. Uma demonstração de que ele não quer arrumar sarna para se coçar é justamente liberar por mais seis meses o tráfego de táxis e carros de passeios nos corredores de ônibus. Estes motoristas sim são possíveis eleitores. É bom lembrar que a liberação dos táxis ocorreu ainda em 2004, como uma medida eleitoreira por parte da atual prefeita que tentou conseguir os votos dos taxistas (classe que apóia Paulo Maluf), então seguindo a mesma lógica, Kassab não faz nada pelo trânsito de São Paulo, só prejudica. É necessário prioridade aos ônibus, estes sim com possibildiade de resolver problemas a médio prazo e lógico, o metrô a longo prazo.
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