Este blog confirmou ontem uma história que já foi de certa forma contada pelo esperto James Akel em seu blog: o que está impedindo o ex-governador Geraldo Alckmin de assumir oficialmente a candidatura a prefeito de São Paulo pelo PSDB é a falta de dinheiro. Sim, pode parecer surpreendente, mas Alckmin não está conseguindo, nas sondagens que tem feito, garantias de financiamento de sua campanha. Um alto quadro tucano contou ao blog, em off, naturalmente, que o governador José Serra (PSDB) percebeu que não conseguiria matar a candidatura de Alckmin pela via da disputa política, uma vez que Alckmin domina os diretórios estadual e municipal do PSDB, e decidiu então cortar as asinhas do ex-governador pela via "econômica": mandou avisar os empreiteiros, grandes financiadores de campanhas eleitorais, que quem ajudar Geraldinho não recebe nem do governo do Estado e muito menos da prefeitura, onde pontifica o candidato de Serra, Gilberto Kassab (DEM). Ainda segundo a mesma fonte tucana, Geraldo Alckmin vai pensar mais um pouco sobre o assunto e decide em março se concorre ou não. Quanto a ter uma garantia para disputar o governo de São Paulo em troca da desistência de concorrer à prefeitura, o grupo de Alckmin avalia que Serra não cumpriria tal acordo. E é isto que pode empurrar Geraldo para a disputa neste ano, mesmo sem dinheiro.
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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