Após duas semanas de vadiagem, o blog volta ao seu ritmo normal, com atualizações diárias. O período de descanso no litoral paulista, no mesmo local em que o autor destas Entrelinhas se refugia desde 1978, serviu para algumas observações sobre a chamada "economia real" do país. É bastante visível para quem passa apenas algumas semanas por ano na praia o resultado do crescimento econômico brasileiro. Não, ainda não há conexão de banda larga em Ubatuba - o que garantiu a folga, uma vez que era inútil tentar atualizar o blog -, mas impressiona a quantidade de novos serviços disponíveis no litoral. Há "delivery" de uma infinidade de coisas - de galões de água à trivial (e tradicional) pizza paulistana, coisa inimaginável meia década atrás. Os restaurantes se multiplicaram, a oferta de novos imóveis está nas placas ao longo da velha e boa Rio-Santos, que agora se chama Rodovia Governador Mario Covas, pelo menos no trecho paulista. A euforia dos comerciantes caiçaras era evidente e os turistas pareciam também eles bastante satisfeitos em torrar seus décimos-terceiros na temporada praiana.
Nem tudo, porém, são flores. O desenvolvimento econômico é acompanhado, no litoral paulista, dos problemas crônicos de uma infra-estrutura que não foi incrementada na rapidez do crescimento da economia: o abastecimento de água é precário, as estradas não comportam tantos carros, o "boom" imobiliário gera alguns monstrengos em áreas que deveriam ter uma regra mais rígida para as construções, a fim de preservar a beleza natural – no fundo o grande chamariz da região.
Nem tudo, porém, são flores. O desenvolvimento econômico é acompanhado, no litoral paulista, dos problemas crônicos de uma infra-estrutura que não foi incrementada na rapidez do crescimento da economia: o abastecimento de água é precário, as estradas não comportam tantos carros, o "boom" imobiliário gera alguns monstrengos em áreas que deveriam ter uma regra mais rígida para as construções, a fim de preservar a beleza natural – no fundo o grande chamariz da região.
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