O que vai abaixo é o artigo do autor destas Entrelinhas para o Correio da Cidadania. Dia 14, voltaremos ao funcionamento normal, com atualizações diárias. Em função da péssima conexão de internet no litoral paulista, no momento só em edições extraordinárias o blog está sendo atualizado.
O ano de 2008 vai ser muito interessante no campo político e uma verdadeira incógnita do ponto de vista da economia, não apenas no Brasil, mas principalmente no coração do império, os Estados Unidos da América.
Lá e cá teremos eleições, com a diferença que os irmãos do norte escolherão seu próximo presidente da República e nós, em uma espécie de prévia do pleito de 2010, os prefeitos que governarão as cidades brasileiras por mais quatro anos. A rigor, a sucessão do presidente Lula depende muito do que acontecer em 2008, inclusive nos Estados Unidos. Senão vejamos.
Existe no planeta uma certa tendência pela eleição de mulheres para o comando do Executivo. É verdade que Segolène Royal não vingou na França, mas a confirmação de tal tendência pode ocorrer nos Estados Unidos se Hillary Clinton se tornar a primeira norte-americana a assumir a presidência. No Brasil, isto pode ter como reflexo a consolidação da candidatura das ministras Dilma Rousseff ou Marta Suplicy. A influência dos exemplos norte-americanos no imaginário dos brasileiros não é pequena, de forma que é perfeitamente possível que a eleição de Hillary tenha um efeito maior do que se supõe hoje. Outras mulheres poderão surgir como alternativa, a exemplo de Roseana Sarney (PMDB), se a saúde lhe permitir.
A maior influência que virá dos EUA, porém, não está no campo político. Até agora, ninguém conseguiu decifrar se a crise das hipotecas de alto risco, as chamadas subprimes, terão efeito significativo no mundo real. No cenário otimista, a crise se restringe aos que nela se envolveram diretamente, com possível derrocada de um ou outro bancão e alguns solavancos no mercado financeiro. Se for assim, o Brasil seguirá na trajetória de um crescimento econômico vigoroso, que no fundo é a grande âncora da alta popularidade do presidente Lula. Se, no entanto, a crise dos subprimes contaminar a economia real dos Estados Unidos, provocando recessão no coração do sistema capitalista mundial, aí a coisa muda bastante de figura e o Brasil deve sofrer os efeitos, como de resto praticamente todos os países do mundo.
Cruzando política e economia, temos que, no primeiro cenário – sem recessão nos EUA –, Lula será o grande eleitor no final de 2008, influenciando as urnas com a sua popularidade; já o segundo cenário ajudaria bastante a oposição, que até aqui não conseguiu outro discurso senão o de criticar o governo federal, sem oferecer alternativa alguma ao que está aí.
O ano de 2008 vai ser muito interessante no campo político e uma verdadeira incógnita do ponto de vista da economia, não apenas no Brasil, mas principalmente no coração do império, os Estados Unidos da América.
Lá e cá teremos eleições, com a diferença que os irmãos do norte escolherão seu próximo presidente da República e nós, em uma espécie de prévia do pleito de 2010, os prefeitos que governarão as cidades brasileiras por mais quatro anos. A rigor, a sucessão do presidente Lula depende muito do que acontecer em 2008, inclusive nos Estados Unidos. Senão vejamos.
Existe no planeta uma certa tendência pela eleição de mulheres para o comando do Executivo. É verdade que Segolène Royal não vingou na França, mas a confirmação de tal tendência pode ocorrer nos Estados Unidos se Hillary Clinton se tornar a primeira norte-americana a assumir a presidência. No Brasil, isto pode ter como reflexo a consolidação da candidatura das ministras Dilma Rousseff ou Marta Suplicy. A influência dos exemplos norte-americanos no imaginário dos brasileiros não é pequena, de forma que é perfeitamente possível que a eleição de Hillary tenha um efeito maior do que se supõe hoje. Outras mulheres poderão surgir como alternativa, a exemplo de Roseana Sarney (PMDB), se a saúde lhe permitir.
A maior influência que virá dos EUA, porém, não está no campo político. Até agora, ninguém conseguiu decifrar se a crise das hipotecas de alto risco, as chamadas subprimes, terão efeito significativo no mundo real. No cenário otimista, a crise se restringe aos que nela se envolveram diretamente, com possível derrocada de um ou outro bancão e alguns solavancos no mercado financeiro. Se for assim, o Brasil seguirá na trajetória de um crescimento econômico vigoroso, que no fundo é a grande âncora da alta popularidade do presidente Lula. Se, no entanto, a crise dos subprimes contaminar a economia real dos Estados Unidos, provocando recessão no coração do sistema capitalista mundial, aí a coisa muda bastante de figura e o Brasil deve sofrer os efeitos, como de resto praticamente todos os países do mundo.
Cruzando política e economia, temos que, no primeiro cenário – sem recessão nos EUA –, Lula será o grande eleitor no final de 2008, influenciando as urnas com a sua popularidade; já o segundo cenário ajudaria bastante a oposição, que até aqui não conseguiu outro discurso senão o de criticar o governo federal, sem oferecer alternativa alguma ao que está aí.
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