Uma das boas coisas publicadas na imprensa no final de semana foi a série de artigos encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo aos ex-presidentes da República (pela ordem temporal, Sarney, Collor, Itamar e Fernando Henrique), tendo como mote a tal "primeira crise" do governo Lula. Aos quatro foi requisitado um depoimento pessoal sobre as crises que viveram em seus governos. Todos os artigos são interessantes, mas o de FHC é uma pérola.
Primeiro, porque ele parece realmente achar que agiu muito bem nas crises que enfrentou, a despeito de ter entregue o país na bancarrota. Não bastasse esta demonstração de auto-suficiência e ausência de espírito crítico, Cardoso demonstra ter falta de compostura (se disser "semancol", os jovens não vão entender...) suficiente para, pasmem, advertir o presidente Lula sobre os riscos de um apagão energético nos próximos anos. De fato, até mesmo quando quer fazer graça, Cardoso se atrapalha. Seu texto termina assim: "agora é preciso, para dizer isso e dormir tranqüilo, pelo menos olhar para os gastos sem controle e dar maior seguimento aos esforços para evitar que, havendo escassez de chuvas (eu sei que Deus é lulista, mas mesmo assim...), a energia nos falte". Bem, que ele reconheça que Deus é petista (seria o Tinhoso tucano?), vá lá, mas recomendar ao atual presidente "dar maior seguimento os esforços" para evitar a crise energética é quase como dizer "faça o que eu digo, não o que eu faço". Se alguém é responsável pela crise de energia que o país (quase) vive, este alguém tem nome e sobrenome: Fernando Henrique Cardoso.
Primeiro, porque ele parece realmente achar que agiu muito bem nas crises que enfrentou, a despeito de ter entregue o país na bancarrota. Não bastasse esta demonstração de auto-suficiência e ausência de espírito crítico, Cardoso demonstra ter falta de compostura (se disser "semancol", os jovens não vão entender...) suficiente para, pasmem, advertir o presidente Lula sobre os riscos de um apagão energético nos próximos anos. De fato, até mesmo quando quer fazer graça, Cardoso se atrapalha. Seu texto termina assim: "agora é preciso, para dizer isso e dormir tranqüilo, pelo menos olhar para os gastos sem controle e dar maior seguimento aos esforços para evitar que, havendo escassez de chuvas (eu sei que Deus é lulista, mas mesmo assim...), a energia nos falte". Bem, que ele reconheça que Deus é petista (seria o Tinhoso tucano?), vá lá, mas recomendar ao atual presidente "dar maior seguimento os esforços" para evitar a crise energética é quase como dizer "faça o que eu digo, não o que eu faço". Se alguém é responsável pela crise de energia que o país (quase) vive, este alguém tem nome e sobrenome: Fernando Henrique Cardoso.
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