Um bom tema para a manifestação dos candidatos à presidência da Câmara dos Deputados é a titularidade das milhagens que são obtidas a partir das viagens pagas pela Casa aos seus 513 integrantes. Pela regra atual, o passageiro que viaja com os bilhetes fornecidos pelos gabinetes é quem fica com a milhagem. O Governo do Distrito Federal acabou com uma farra semelhante e impôs que a milhagem seja revertida para a administração pública, de forma a gerar uma bela economia na emissão das futuras passagens. Ninguém toca no assunto, mas é uma questão relevante para ser feita aos candidatos ao comando da Câmara e uma bela pauta para os jornais: quanto poderia ser economizado com a adoção da medida? Afinal, o contribuinte está bancando não apenas as viagens a trabalho dos parlamentares e assessores, o que é justo, mas também os vôos turísticos que eles conseguem acumulando as milhagens, o que não passa de uma bela mordomia...
No dia 23 de novembro do ano passado, o pai de Rodrigo Silva das Neves, cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro, foi ao batalhão da PM de Bangu, na Zona Oeste carioca, fazer um pedido. O homem, um subtenente bombeiro reformado, queria que os policiais do quartel parassem de bater na porta de sua casa à procura do filho — cuja prisão fora decretada na semana anterior, sob a acusação de ser um dos responsáveis pelo assassinato cinematográfico do bicheiro Fernando Iggnácio, executado com tiros de fuzil à luz do dia num heliporto da Barra da Tijuca. Quando soube que estava sendo procurado, o PM fugiu, virou desertor. Como morava numa das maiores favelas da região, a Vila Aliança, o pai de Neves estava preocupado com “ameaças e cobranças” de traficantes que dominam o local por causa da presença frequente de policiais. Antes de sair, no entanto, o bombeiro confidenciou aos agentes do Serviço Reservado do quartel que, “de fato, seu filho trabalhava como segurança do contraventor Rogério And...
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