Abertura da Newsletter da LAM Comunicação desta semana. Boa leitura e ótimo feriado a todos.
Entre quarta e quinta-feira deveremos saber quem será o próximo presidente dos Estados Unidos e até o momento as chances são maiores para o democrata Joe Biden, de acordo com as pesquisas recentes. É raro um presidente americano não se reeleger, mas Donald Trump não é um presidente qualquer, foi um marco na história dos EUA pela forma arrogante e atabalhoada de governar. Mesmo Ronald Reagan foi mais respeitador da liturgia do cargo, muito menos bélico que Trump em relação aos adversários políticos.
E como a eleição americana vai afetar o Brasil? Se Biden for confirmado presidente, Jair Bolsonaro perde um aliado de primeira hora, em quem inclusive se inspirou na crise do Covid-19. Biden deverá ser muito mais crítico, em especial no que diz respeito à política do atual governo para o meio ambiente.
O maior impacto, porém, deverá ser político mesmo, porque a perda de uma referência como Trump afeta diretamente as chances de reeleição de Bolsonaro. Claro que 2022 ainda está longe e muita água vai rolar debaixo da ponte até lá, mas é certo que o presidente brasileiro teria mais força com seu ídolo reeleito. O que dirá sobre Biden é ainda uma questão em aberto, o alinhamento da política externa com os EUA hoje é total, quase vergonhoso para um país que sempre se manteve distante e equilibrado na política externa.
Por outro lado, uma vitória do atual mandatário americano seria para Bolsonaro um presente dos céus, pois lhe dará os argumentos que necessita para sustentar uma campanha eleitoral que tende a ser das mais disputadas dos últimos anos, com candidatos de diversos partidos, todos opositores do atual governo. No momento, nem partido o presidente tem, sua base no Congresso depende de acertos com o chamado centrão, uma vez que o PSL praticamente o abandonou. Sim, Trump ainda tem chances, a eleição americana é sempre uma caixinha de surpresas, há muito voto envergonhado em Trump, de gente que não responde com sinceridade nas pesquisas, noves fora o método de composição do colégio eleitoral que complica bastante os prognósticos. Nas urnas, no voto popular, um candidato pode vencer e na hora do colégio eleitoral, ser derrotado pelo adversário. Não seria a primeira vez, aconteceu em várias ocasiões no passado.
Agora é aguardar a apuração dos votos, milhões já votaram pelo correio, coisa que também não acontece por aqui. O destino dos EUA pode selar o futuro do Brasil, daí o interesse tão grande por esta disputa, não apenas por aqui, mas no mundo todo. A torcida por Biden na mídia é grande, ele representaria uma solução mais democrática e tolerante. (por Luiz Antonio Magalhães em 1/11/20)
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