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Com a apuração correndo no momento em que este texto é escrito, já há alguns pontos interessantes a analisar sobre a votação para prefeituras e câmaras municipais no Brasil. De cara, é possível dizer que se houve um grande derrotado, foi o presidente Jair Bolsonaro, atualmente sem partido. Praticamente todos os candidatos apoiados pelo mandatário foram mal, muito mal nas urnas.
Em São Paulo, Celso Russomano derreteu de tal forma que não ficou nem sequer entre os três primeiros, sendo que estava na liderança 20 dias atrás, de acordo com as pesquisas. No Rio de Janeiro, estado em que o presidente se projetou e fez carreira, Crivella só foi para o segundo turno por conta da inacreditável desunião das esquerdas, que na soma tiveram mais votos que o atual prefeito. Eduardo Paes, porém, deve ter uma eleição tranquila no segundo turno, com os votos da esquerda.
A eleição deste ano ocorreu em meio ao aumento de casos de Covid-19, possivelmente uma segunda onda, em especial na cidade de São Paulo, onde deve se desenrolar um segundo turno com PSOL e PSDB. O tema da saúde estava começando a ficar batido, certamente será o foco do debate no segundo turno, não apenas na capital paulista, mas em todas as cidades em que houver nova disputa.
Na semana que passou, o presidente Bolsonaro comemorou a suspensão dos testes da vacina chinesa em São Paulo, em uma atitude criticada até por seus aliados, ao passo que o governador tucano João Doria respondeu em dura entrevista na revista Veja, qualificando Bolsonaro de irresponsável. Bruno Covas, atual prefeito e correligionário de Doria, sempre comedido em suas declarações, tem se mantido fora das polêmicas com o presidente e agora terá que lutar para obter os votos dos bolsonaristas no segundo turno para bater seu adversário Guilherme Boulos, que deve atrair os que votaram no PT e parte do eleitorado de Márcio França. Será um desafio e tanto, porque o antagonismo entre o presidente e o governador está dado.
O desenho do mapa político que emerge do primeiro turno traz apenas um vencedor inequívoco: o DEM, que ampliou bastante a sua força e agora entra, definitivamente, no jogo da sucessão presidencial de 2022. Se alguém ficou feliz com a eleição, seu nome é Rodrigo Maia. (por Luiz Antonio Magalhães em 15/11/20)
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