A morte de Marielle Franco, vereadora negra e lésbica do PSOL do Rio, já foi parcialmente esclarecida, resta ainda saber quem são os mandantes de seu assassinato. Uma coisa, porém, é certa: o caso pode ser um divisor de águas do atual governo.
Se foi Jair Bolsonaro que atendeu a chamada da portaria ou não, importa pouco neste momento. A reação transtornada do presidente para rebater a matéria do Jornal Nacional de ontem é quase uma assunção de alguma culpa. Este blog não acha que Bolsonaro teve participação direta no assassinato de Marielle, mas sabe, como a torcida do Flamengo, que os assassinos frequentavam a casa do presidente no Rio de Janeiro - um deles é seu vizinho de condomínio. Os assassinos, aliás, estão presos e são réus, acusados pelo crime. O mandante parece ter sido o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio Domingos Brazão, mas isto ainda não foi comprovado.
Tudo somado, o caso tem potencial de complicar a governabilidade da atual gestão porque ainda que a família Bolsonaro nada tenha a ver com o crime, terá de se explicar continuamente. Para o Brasil, melhor seria uma solução rápida que levasse o vice-presidente Mourão ao comando do país. Melhor para os negócios, melhor para a estabilidade política e melhor para a população mais pobre, que é que mais sofre com instabilidades políticas, que naturalmente afetam a economia.
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