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No portal Comunique-se, matéria sobre parceria entre o Estadão e Google para impulsionar assinaturas digitais traz um gráfico que mostra a tendência inevitável do enfraquecimento das assinaturas impressas e o crescimento exponencial das digitais. O titular do blog reparou que um ano atrás, quando se mudou de apartamento, um maço de jornais chegava todas as manhãs na portaria do prédio, hoje são apenas dois assinantes e um que recebe o Estadão apenas nos finais de semana...
O grande problema do jornalismo é que a receita de publicidade segue concentrada nas versões impressas, que estão minguando. A lógica do mercado é que o preço da publicidade no impresso despenque, mas o inverso não é verdadeiro, isto é, o preço da propaganda nos meios digitais não se elevará na mesma proporção. As assinaturas digitais também são muito mais baratas que as de impressos. O volume de publicidade no meio digital, claro, cresce bastante, como atesta a nota do C-Se, mas no agregado não compensa a perda de receita dos impressos, com assinaturas e publicidade em declínio. 
Como esta conta vai fechar no futuro? Alguns apostam na produção de conteúdo publieditorial, conceito que arrepia os jornalistas mais puristas, mas que parece ser a tendência para garantir a que o jornalismo continue a ser praticado...

Estadão | Assinaturas impressas X assinaturas digitais
Em 2018, o número de assinantes digitais ultrapassou o volume de assinantes da versão impressa do Estadão. Diferença que em 2019 já aumentou, conforme mostram os dados divulgados pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC). Segundo os registros, o Estadão chegou a julho de 2019 com 139 mil assinantes digitais contra 103 mil assinantes da edição em papel. Fora isso, no comparativo “ano a ano”, o acesso ao site por meio de aparelhos celulares cresceu 340%. Ao passo que a área comercial agradece. Com maior volume de audiência e tráfego orgânico, a marca noticiosa aumentou em 135% as receitas geradas por meio de publicidade

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