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Reinaldo vs. Coelho e a banca do distinto

O autor deste blog esteve lendo, no final de semana, a tal polêmica travada entre Reinaldo Azevedo e Marcelo Coelho, jornalistas da Veja e Folha, respectivamente. Para quem não leu, um resumo rápido: Coelho, em artigo na Folha, escreveu sobre os "doutores da malvadeza", referência aos colunistas da ultradireita (Reinaldão, Mainardi, Olavo e alguns outros). O texto tinha, naturalmente, um tom bastante crítico. Reinaldão acusou o golpe e escreveu vários posts em seu blog acusando Marcelo Coelho de tentar censurar as vozes da direita na imprensa. O colunista da Folha respondeu em seu blog, admitindo que havia exagerado um pouco, mas mantendo o tom do primeiro artigo, e Reinaldão mandou brasa mantendo acesa a polêmica.

Quem tiver interesse na disputa pode acessar o arquivo dos blogs dos dois jornalistas, o que interessa aqui nem é a posição de cada um: ao ler com atenção os escritos de Reinaldo no blog, repletos de grosserias contra esquerdistas, defensores do aborto, Barack Obama, Lula, Evo Morales e os índios, Chávez e latino-americanos de modo geral, este blogueiro imediatamente lembrou da letra de uma música de autoria do genial Billy Blanco, parceiro de João Gilberto, Tom Jobim e Baden Powell. Pesquisando na internet, não foi difícil recuperar a letra de "A Banca do Distinto", que segue abaixo. Vejam se não é a cara dos reinaldos, mainardis e olavos que gorjeiam na imprensa brasileira...

Não fala com pobre
Não dá mão a preto
Não carrega embrulho
Pra que tanta pose, doutor?
Por que esse orgulho?

A bruxa, que é cega, esbarra na gente e a vida estanca
O enfarte lhe pega, doutor, e acaba essa banca
A vaidade é assim: põe um pouco no alto e retira a escada
Mas fica por perto esperando sentada
Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão
Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do coco
Afinal, todo mundo é igual quando o tombo termina
com terra por cima e na horizontal.

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