A política brasileira é engraçada e engana muita gente. Na disputa pelo comando do Senado são dois os candidatos: José Sarney, do PMDB do Amapá, e Tião Viana, do PT do Acre. Todos os analistas bem informados sabem que o presidente Lula prefere a vitória de Sarney, embora não revele em público e provavelmente não trabalhe com afinco por ela, para não melindrar os petistas. Por outro lado, o PSDB está fazendo bico, ainda não optou por nenhum dos candidatos, mas um dos principais lideres do partido, o governador José Serra, trabalha para que os tucanos escolham o petista Viana. Serra detesta Sarney e sabe que ele trabalharia pela aliança de seu partido com o PT em 2010, ao passo que Viana seria mais "neutro" na relação com a oposição, de acordo com a avaliação do governador, que por sinal mantém ótimas relações com o senador acreano. A "bancada de Serra" no Senado, capitaneada por Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) - nome cotado para vice, caso o PMDB venha a apoiar o PSDB -, está em campanha por Tião Viana. Já os peemedebistas lulistas, como Renan Calheiros, trabalham forte para eleger Sarney. O palpite deste blog é que Sarney será o próximo presidente do Senado, mas convém não desprezar a força de Serra, que nos últimos tempos tem se saído muito bem como articulador político, o que não deixa de ser uma grande novidade...
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, morreu vivendo. Morreu criando novas lembranças. Morreu não deixando o câncer levar a sua vontade de resistir. Mesmo em estado grave, mesmo em tratamento oncológico, juntou todas as suas forças para assistir ao jogo do seu time Santos, na final da Libertadores, no Maracanã, ao lado do filho. Foi aquela loucura por carinho a alguém, superando o desgaste da viagem e o suor frio dos remédios. Na época, ele acabou criticado nas redes sociais por ter se exposto. Afinal, o que é o futebol perto da morte? Nada, mas não era somente futebol, mas o amor ao seu adolescente Tomás, de 15 anos, cultivado pela torcida em comum. Não vibravam unicamente pelos jogadores, e sim pela amizade invencível entre eles, escreve Fabrício Carpinejar em texto publicado nas redes sociais. Linda homenagem, vale muito a leitura, continua a seguir. Nos noventa minutos, Bruno Covas defendia o seu legado, a sua memória antes do adeus definitivo, para que s...
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