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De volta ao batente

Fim de férias, o blog retoma as atividades. Do Natal até esta quinta-feira, a grande novidade foi o início da guerra na Faixa de Gaza, que ofuscou o noticiário sobre a crise global. Trata-se de matéria polêmica e que já vem sendo exaustivamente debatida na mídia internacional e local. O que interessa aqui é notar como a extrema-direita comemora alegremente as ações belicistas de Israel e reclama do noticiário, que julga favorável aos palestinos.

Não deixa de ser até meio ridículo ver os direitosos acusar o sistema midiático, em especial o norte-americano, de "fazer o jogo" dos "terroristas" do Hamas. Ora, qualquer estudante de primeiro ano de jornalismo aprende logo que a mídia americana está majoritariamente nas mãos de judeus. Para ser mais claro, são judeus os controladores dos grandes conglomerados do setor nos EUA, de forma que carece de fundamento a acusação dos "neocons" contra a imprensa.

Talvez os mainardis e reinaldos da vida, de lá e de cá, gostariam de ver o NYT aplaudindo o ataque de Israel a uma escola da ONU ou ainda a matança de crianças, mas felizmente o debate sobre a questão vem superando, pelo que este blogueiro pôde ler nos últimos dias, o maniqueismo rastaquera que a ultra-direita tenta impor ao conflito ao taxar categoricamente os palestinos como "terroristas".

Comentários

  1. Citando judeus proprietários de mídia como o raiz de cobertura favorável à invasão eu acho uma explicação simplória demais, LAM, beirando o insultuoso.

    Não existe um consenso maciço em favor da atual política do estado de Israel entre judeus norteamericanos. Existe uma grande divergência de opinião, de fato.

    Mais existe, sim, um poderoso lobby que conta com o apoio de conservadores religiosos evangélicos tambem, o AIPAC. Ninguem nos EUA se elege sem o apoio desse poderosos lobby, e assim, se ve a falta de vontade política de frear e amansar o governo lá.

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