Em 2008, o saldo de empregos formais foi positivo em quase 1,5 milhão de vagas – foram contratados 16,659 milhões de trabalhadores e dispensados 15,2 milhões. Este foi o terceiro melhor desempenho anual do emprego formal desde que o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) começou a realizar a pesquisa, em 1999. A meta do governo, porém, era atingir o saldo de 2 milhões no ano passado. E isto só não aconteceu porque em dezembro o saldo ficou negativo em 655 mil.
O número de dezembro deve ser analisado com cuidado. Todo último mês do ano há mais demissões do que contratações, mas o que se viu no ano passado superou de longe a média da série histórica, de 300 mil a 400 mil dispensas em dezembro. Portanto, o que aconteceu ou foi o início de uma nova tendência, qual seja a de aumento brutal no desemprego (ou seja, o ponto de inflexão na curva); ou o que os estatísticos chamam de "ponto fora da curva", uma ocorrência anormal e que não aponta a tendência.
Só com os dados de janeiro será possível saber qual o rumo do mercado de trabalho no país. Até lá, evidentemente a grande imprensa vai comemorar com muita alegria a desgraça dos trabalhadores e, imaginam, do governo federal e do presidente, em especial. O que, aliás, vai ocorrer durante todo o ano de 2009 no noticiário econômico: toda boa notícia será escondida e quanto pior o número para o governo, maior o destaque no noticiário...
O número de dezembro deve ser analisado com cuidado. Todo último mês do ano há mais demissões do que contratações, mas o que se viu no ano passado superou de longe a média da série histórica, de 300 mil a 400 mil dispensas em dezembro. Portanto, o que aconteceu ou foi o início de uma nova tendência, qual seja a de aumento brutal no desemprego (ou seja, o ponto de inflexão na curva); ou o que os estatísticos chamam de "ponto fora da curva", uma ocorrência anormal e que não aponta a tendência.
Só com os dados de janeiro será possível saber qual o rumo do mercado de trabalho no país. Até lá, evidentemente a grande imprensa vai comemorar com muita alegria a desgraça dos trabalhadores e, imaginam, do governo federal e do presidente, em especial. O que, aliás, vai ocorrer durante todo o ano de 2009 no noticiário econômico: toda boa notícia será escondida e quanto pior o número para o governo, maior o destaque no noticiário...
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