O senador José Sarney (PMDB-AP) pode ser acusado de muita coisa – e os seus adversários locais falam horrores da situação do Maranhão após a longa dinastia da família no Estado–, mas é preciso reconhecer que Sarney é um craque da política. Cinco ou seis meses atrás, um empreiteiro do Nordeste contou a uma fonte deste blog que emissários do senador avisavam que ele "não abria mão" da presidência do Senado e já estava em campanha. Em público, porém, Sarney jamais assume a sua candidatura e vai esticando a corda até mais não poder. Já faz alguns dias que vem alegando uma gripe para evitar um encontro com o presidente Lula, que deseja saber se Sarney realmente disputará a eleição no Senado. Lula quer Sarney na presidência da Casa, mas é preciso que o candidato se assuma enquanto tal. O problema é que o PT não está gostando muito da idéia de ver o PMDB no comando das duas casas legislativas. Sarney sabe disto e vai enrolar mais um pouco para anunciar a sua candidatura, a fim de reduzir o tempo de articulação dos petistas em torno de uma outra candidatura na Câmara Federal. No fundo, porém, o grande prejudicado com isto tudo é o deputado Michel Temer (PMDB-SP), candidato à presidência da Câmara. Para este blog, não será surpresa se Temer acordar como o patinho feio do Congresso no dia 3 de fevereiro, após a eleição do dia 2...
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
Prezado Editor Blog Entrelinhas,
ResponderExcluirParabéns pelo seu blog.Vou adicioná-lo entr emeus favoritos.
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Abraço