O que vai abaixo é uma matéria da BBC Brasil, publicada na Folha Online, sobre reportagem do prestigiado Financial Times, que prevê efeitos diminutos da crise financeira global no Brasil. Bem, pode não ser verdade, mas também pode ser que seja, como diria o filósofo... E se de fato o Brasil sair ileso da maior crise do capitalismo, será que a oposição terá a coragem de dizer que foi tudo mérito do governo Fernando Henrique Cardoso? Ou que o presidente Lula agiu bem em "manter a política econômica anterior"?
Este blog não arrisca palpites, mas prevê que se o país sair ileso, Lula terá um discurso pronto para usar em 2010: o de que seu governo conseguiu fazer o país atravessar a maior crise do capitalismo com poucos arranhões, ao passo que a aliança demo-tucana não conseguiu segurar a onda de duas ou três crises menores, como as da Ásia, Rússia e México. Um argumento poderoso, que pode até não conseguir, mas tem todo o potencial para eleger um poste...
Brasil deve sair "relativamente ileso" de crise, diz jornal
da BBC Brasil
Apesar de uma semana marcada pela desvalorização do real em relação ao dólar e por quedas na Bovespa, "muitos economistas ainda acreditam que o Brasil vá sair relativamente ileso da crise financeira global", segundo o "Financial Times" ("FT").
O site do jornal traz, nesta quinta-feira, uma reportagem sobre os leilões realizados pelo Banco Central na quarta-feira para conter a desvalorização do real em meio ao que o "Financial Times" chama de "a onda mais forte de venda provocada por pânico em décadas" no Brasil.
Segundo o jornal, até esta semana, grande parte da queda nos ativos brasileiros vinha sendo causada pela retirada de dinheiro do Brasil por investidores estrangeiros tentando cobrir perdas em outros mercados, mas, nos últimos dias, os investidores locais também se juntaram ao "êxodo".
O "Financial Times" diz, no entanto, que os bancos brasileiros não estão tão vulneráveis quanto os americanos ou europeus.
"O setor bancário [do Brasil] passou por uma reestruturação promovida pelo governo nos anos 90 e têm pouco da exposição a ativos de risco afetando os bancos americanos e europeus", diz o "Financial Times", acrescentando que apenas cerca de 10% do crédito bancário no país é levantado fora do Brasil.
"Um real imaginário"
As medidas do Banco Central brasileiro e as quedas registradas pela Bovespa também ganharam espaço no jornal argentino "Página 12".
Em uma reportagem intitulada "Um real imaginário", o jornal afirma que o Banco Central conseguiu, com uma "intervenção direta oportuna", frear a tendência de queda.
O jornal traz a notícia de que o índice da Bovespa terminou, na quarta-feira, cotado em 38.593 pontos básicos, e lembra que quando o Brasil alcançou a nota de grau de investimento das agências de classificação de risco, em maio, o índice se encontrava em 72 mil pontos.
Segundo o jornal, na conversa que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira, o presidente americano, George W. Bush, "tentou tranqüilizar o presidente brasileiro, garantindo que o pacote de resgate de US$ 700 bilhões de dólares terá efeito em 20 dias".
Este blog não arrisca palpites, mas prevê que se o país sair ileso, Lula terá um discurso pronto para usar em 2010: o de que seu governo conseguiu fazer o país atravessar a maior crise do capitalismo com poucos arranhões, ao passo que a aliança demo-tucana não conseguiu segurar a onda de duas ou três crises menores, como as da Ásia, Rússia e México. Um argumento poderoso, que pode até não conseguir, mas tem todo o potencial para eleger um poste...
Brasil deve sair "relativamente ileso" de crise, diz jornal
da BBC Brasil
Apesar de uma semana marcada pela desvalorização do real em relação ao dólar e por quedas na Bovespa, "muitos economistas ainda acreditam que o Brasil vá sair relativamente ileso da crise financeira global", segundo o "Financial Times" ("FT").
O site do jornal traz, nesta quinta-feira, uma reportagem sobre os leilões realizados pelo Banco Central na quarta-feira para conter a desvalorização do real em meio ao que o "Financial Times" chama de "a onda mais forte de venda provocada por pânico em décadas" no Brasil.
Segundo o jornal, até esta semana, grande parte da queda nos ativos brasileiros vinha sendo causada pela retirada de dinheiro do Brasil por investidores estrangeiros tentando cobrir perdas em outros mercados, mas, nos últimos dias, os investidores locais também se juntaram ao "êxodo".
O "Financial Times" diz, no entanto, que os bancos brasileiros não estão tão vulneráveis quanto os americanos ou europeus.
"O setor bancário [do Brasil] passou por uma reestruturação promovida pelo governo nos anos 90 e têm pouco da exposição a ativos de risco afetando os bancos americanos e europeus", diz o "Financial Times", acrescentando que apenas cerca de 10% do crédito bancário no país é levantado fora do Brasil.
"Um real imaginário"
As medidas do Banco Central brasileiro e as quedas registradas pela Bovespa também ganharam espaço no jornal argentino "Página 12".
Em uma reportagem intitulada "Um real imaginário", o jornal afirma que o Banco Central conseguiu, com uma "intervenção direta oportuna", frear a tendência de queda.
O jornal traz a notícia de que o índice da Bovespa terminou, na quarta-feira, cotado em 38.593 pontos básicos, e lembra que quando o Brasil alcançou a nota de grau de investimento das agências de classificação de risco, em maio, o índice se encontrava em 72 mil pontos.
Segundo o jornal, na conversa que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira, o presidente americano, George W. Bush, "tentou tranqüilizar o presidente brasileiro, garantindo que o pacote de resgate de US$ 700 bilhões de dólares terá efeito em 20 dias".
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