Quando não está em campanha eleitoral aberta, o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (foto), é um excelente analista político, conforme pode ser comprovado no post reproduzido abaixo, originalmente publicado em seu "ex-blog", como é chamada a newsletter que ele distribui diariamente, por e-mail, para quem se cadastra em seu mailing.
Sim, quando Maia comenta a política nacional e local com os olhos voltados para alguma eleição próxima, a análise perde a isenção e ele acaba tentando convencer o eleitor que seu candidato vai ganhar, com riscos de cair no ridículo - o que de fato ocorreu este ano, quando ele passou meses garantindo que sua candidata Solange Amaral subiria espetacularmente na última semana e estaria no segundo turno. Como se sabe, a candidata do DEM à prefeitura do Rio não conseguiu nem 5% do total de votos...
Como a eleição de 2010 está mais distante, Cesar Maia é capaz de fazer uma excelente análise do que vem por aí no Rio. Vale a pena ler na íntegra. Além de tudo, há uma notícia relevante no texto: ele avisa que é candidato a governador do Estado. A seguir, o texto do prefeito:
OS VETORES DA POLÍTICA FLUMINENSE APÓS A ELEIÇÃO E 2010!
1. Espacialmente, a política fluminense pode ser dividida em 9 vetores: Capital-Sul, Capital-Norte, Capital-Oeste, Baixada Fluminense, Norte/Centro Norte Fluminense, Niterói/São Gonçalo, Região dos Lagos, Sul Fluminense, e Região Serrana.
2. Na Capital-Sul a referência de Gabeira ficará estabelecida pelo tempo que ele definir um projeto político e então se avaliará o desdobramento. Não deverá ser candidato a governador, mas uma candidatura sua ao senado, se em coligação, reforçará muito esta coligação. Na Capital-Norte e na Capital-Oeste não há vetor político hegemônico, pois as oscilações entre primeiro e segundo turno foram claras, inclusive com inversões em certas áreas e a avaliação positiva do atual prefeito, aí, poderá lhe dar sustentabilidade. O exercício do poder pelo PMDB na capital nestes 18 meses pré-eleitorais definirá sua expressão política, na medida em que não vem tendo referências de opinião pública há anos.
3. Na Baixada Fluminense o fato mais expressivo foram as derrotas do PMDB nos grandes municípios. As lideranças afirmadas dos prefeitos eleitos de Nova Iguaçu (PT) e de Caxias (PSDB) vão desenhar o quadro futuro. O prefeito de Nova Iguaçu será candidato a governador, negociando, com a saída do governador a vice do PT, o apoio do PMDB. Nesse caso se fortalece muito. O PSDB, com o cacife de Caxias, avaliará o quadro político nacional e as coligações que poderá fazer regionalmente com vistas a 2010, já que ainda não tem um nome majoritário para governador.
4. O PDT reina soberano em Niterói-São Gonçalo e com força eleitoral e lideranças expressivas, será peça desejada no jogo das alianças para 2010. Garotinho ressurge das cinzas e retoma sua trajetória a partir de sua liderança no Norte-Centro Norte Fluminense, com uma base de lançamento muito forte, lastreada pelos royalties do petróleo. O Sul Fluminense sai das eleições municipais sem vetor hegemônico, com as forças divididas.
5. Na região dos Lagos, o PMDB se enfraqueceu ao se dividir e se repete a situação do Sul Fluminense: não há hegemonia. Na região Serrana a surpresa foi a vitoria do PT em Petrópolis, o que, apoiado em nível federal, será um reforço à candidatura do prefeito de Nova Iguaçu a governador.
6. O jogo para 2010 parte com uma dúvida: se o governador do PMDB sairá para ser candidato a vice-presidente ou permanece e será candidato a reeleição. O prefeito de Nova Iguaçu será candidato de seu partido. O DEM inevitavelmente lançará o atual prefeito do Rio. Garotinho afirma que é candidato de qualquer forma. O PSDB avaliará se reproduzirá aqui a aliança nacional com o DEM, reforçando a candidatura deste a governador, ou não. E o PDT avaliará o quadro estadual até o último momento de forma a buscar a parceira certa com vistas a seu fortalecimento político e parlamentar.
7. Paradoxalmente, os espaços políticos do governador do PMDB se estreitaram muito no Estado desde sua vitória em 2006. Sua avaliação hoje é apenas sofrível, o exercício do poder na capital não é um passeio e o ano de 2009 não ajudará. Será um jogo que já começa animado, esse de 2010.
Sim, quando Maia comenta a política nacional e local com os olhos voltados para alguma eleição próxima, a análise perde a isenção e ele acaba tentando convencer o eleitor que seu candidato vai ganhar, com riscos de cair no ridículo - o que de fato ocorreu este ano, quando ele passou meses garantindo que sua candidata Solange Amaral subiria espetacularmente na última semana e estaria no segundo turno. Como se sabe, a candidata do DEM à prefeitura do Rio não conseguiu nem 5% do total de votos...
Como a eleição de 2010 está mais distante, Cesar Maia é capaz de fazer uma excelente análise do que vem por aí no Rio. Vale a pena ler na íntegra. Além de tudo, há uma notícia relevante no texto: ele avisa que é candidato a governador do Estado. A seguir, o texto do prefeito:
OS VETORES DA POLÍTICA FLUMINENSE APÓS A ELEIÇÃO E 2010!
1. Espacialmente, a política fluminense pode ser dividida em 9 vetores: Capital-Sul, Capital-Norte, Capital-Oeste, Baixada Fluminense, Norte/Centro Norte Fluminense, Niterói/São Gonçalo, Região dos Lagos, Sul Fluminense, e Região Serrana.
2. Na Capital-Sul a referência de Gabeira ficará estabelecida pelo tempo que ele definir um projeto político e então se avaliará o desdobramento. Não deverá ser candidato a governador, mas uma candidatura sua ao senado, se em coligação, reforçará muito esta coligação. Na Capital-Norte e na Capital-Oeste não há vetor político hegemônico, pois as oscilações entre primeiro e segundo turno foram claras, inclusive com inversões em certas áreas e a avaliação positiva do atual prefeito, aí, poderá lhe dar sustentabilidade. O exercício do poder pelo PMDB na capital nestes 18 meses pré-eleitorais definirá sua expressão política, na medida em que não vem tendo referências de opinião pública há anos.
3. Na Baixada Fluminense o fato mais expressivo foram as derrotas do PMDB nos grandes municípios. As lideranças afirmadas dos prefeitos eleitos de Nova Iguaçu (PT) e de Caxias (PSDB) vão desenhar o quadro futuro. O prefeito de Nova Iguaçu será candidato a governador, negociando, com a saída do governador a vice do PT, o apoio do PMDB. Nesse caso se fortalece muito. O PSDB, com o cacife de Caxias, avaliará o quadro político nacional e as coligações que poderá fazer regionalmente com vistas a 2010, já que ainda não tem um nome majoritário para governador.
4. O PDT reina soberano em Niterói-São Gonçalo e com força eleitoral e lideranças expressivas, será peça desejada no jogo das alianças para 2010. Garotinho ressurge das cinzas e retoma sua trajetória a partir de sua liderança no Norte-Centro Norte Fluminense, com uma base de lançamento muito forte, lastreada pelos royalties do petróleo. O Sul Fluminense sai das eleições municipais sem vetor hegemônico, com as forças divididas.
5. Na região dos Lagos, o PMDB se enfraqueceu ao se dividir e se repete a situação do Sul Fluminense: não há hegemonia. Na região Serrana a surpresa foi a vitoria do PT em Petrópolis, o que, apoiado em nível federal, será um reforço à candidatura do prefeito de Nova Iguaçu a governador.
6. O jogo para 2010 parte com uma dúvida: se o governador do PMDB sairá para ser candidato a vice-presidente ou permanece e será candidato a reeleição. O prefeito de Nova Iguaçu será candidato de seu partido. O DEM inevitavelmente lançará o atual prefeito do Rio. Garotinho afirma que é candidato de qualquer forma. O PSDB avaliará se reproduzirá aqui a aliança nacional com o DEM, reforçando a candidatura deste a governador, ou não. E o PDT avaliará o quadro estadual até o último momento de forma a buscar a parceira certa com vistas a seu fortalecimento político e parlamentar.
7. Paradoxalmente, os espaços políticos do governador do PMDB se estreitaram muito no Estado desde sua vitória em 2006. Sua avaliação hoje é apenas sofrível, o exercício do poder na capital não é um passeio e o ano de 2009 não ajudará. Será um jogo que já começa animado, esse de 2010.
Datavenia Luis,
ResponderExcluirCabral não vcai ser vice de Dilma. Ele não vai abandonar o governo do estado do Rio para ser candidato a vice. Dilma precisa de um peemedebista do Centro-Oeste, da região agropecuária. Meu chute é o governador do MS. O que abre uma vaga para o senador Delcidio Amaral.
Cesar Maia será candidato ao Senado. Duvido que ele enfrente Cabral em 2010.
Lindberg deve ser candidato a vice de Cabral para ser depois candidato em 2014. Uma chapa PMDB/PT é imbatível no estado.
Maia não vence nem na capital. Nas região metropolitana e no interior nem se fala. Hoje até o Gabeira está melhor que ele, mas tb não vence Cabral. Se não venceu Paes na capital ...
Luiz,
ResponderExcluirCésar Maia já começou sua articulação pensando em 2010, talvez uma aliança DEM-PSDB-PT (o que já aconteceu em Nova Iguaçu-RJ), talvez, hoje, isso seria quase impossível, em 2010 pode acontecer. O PT já apoio Paes agora, o mesmo que chamou o "Blidado" de chefe da quadrilha.
Abraço,
José Damião Vasconcelos: vvasconcelos_9@hotmail.com
Crítica construtiva ao seu blog: Eliminem esse bosta que aparece sempre e que não apaga "Permitir que subquadros naveguem por domínios diferentes?" Esse trem desanima MUITO eu entrar no seu blog. Falo isso porque gosto de ler suas análises. Mas isso me incomoda muito pois tenho que ficar apertandoCTRL+ALT+DEL
ResponderExcluirAnônimo das 17h03, por favor explique melhor o que acontece, pois eu jamais visualisei esta mensagem no blog. Que programa você usa para navegar? No firefox e no explorer eu não consigo ver "esse trem"...
ResponderExcluirabraços e obrigado pela audiência.
Eles já pensam em alianças pra daqui 2 anos, mas no entanto o povo que se dá mau, sempre
ResponderExcluirabraços
http://blogdoricky.blogspot.com/
Hey Luiz,
ResponderExcluirPrimeiramente, com todo respeito mas como escreve mal o prefeito do RJ hein???
Segundo ponto, ele vai sair candidato ao governo do estado e vai tomar uma cacetada. Não conseguiu eleger a Solange, e vai conseguir ser governador? Pode ser que saia candidato, assim como a Marta muito provavelmente saia aqui em SP, mas nenhum dos dois vai chegar perto da cadeira de governador.
Abraços.