Enquanto a crise econômica domina o noticário, ninguém deu muita bola para o lançamento, na quarta-feira, da candidatura de Michel Temer (PMDB) à presidência da Câmara dos Deputados. Por que justo agora, antes do término da eleição municipal e no meio da turbulência nos mercados financeiros? Um marqueteiro jamais recomendaria que a candidatura fosse tornada pública numa hora dessas, certamente recomendaria o adiamento da data. Ora, a razão é simples. A eleição da Câmara não é um pleito aberto, com voto do povão. É um processo que se dá no âmbito do Congresso e ali dentro todo mundo está informado sobre o que está acontecendo. E o que está acontecendo é que a candidatura do deputado Ciro Nogueira (PP-PI) cresceu e já começa a ameaçar as pretensões de Temer, que julgava ter uma eleição tranquila para um cargo que já ocupou. Ademais, a bancada do PMDB no Senado não está gostando muito da idéia de deixar a presidência para o PT e também acaba se tornando outra pedra no sapato de Michel Temer. O que o esperto presidente nacional do PMDB está tentando agora é criar um "fato consumado" e c0mprometer o PT com a sua candidatura. Se a manobra vai funcionar, só o tempo vai dizer, mas este blog tem a ligeira sensação de que ao se lançar, Temer ficou mais longe do que perto da cadeira de presidente da Câmara.
O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda
Bom Dia Luiz,
ResponderExcluirgostaria que vocẽ comentasse porque a nossa "grande" mídia não repercurtiu a capa da Carta Capital e a matéria que diz sobre as falcutruas do Supremo presidente Gilmar Mendes.
Abraços.