Pular para o conteúdo principal

Sarkozy imita Lula e vai ganhar aplausos

O que vai abaixo é uma matéria publicada no portal Terra. A mídia conservadora caiu matando no presidente Lula quando ele fez exatamente o mesmo que seu colega Nicolas Sarkozy. Amanhã os jornalões e revistonas estarão aplaudindo o presidente da França. Bem, o que vale para Chico deve valer para Francisco, não? Palmas para Lula, ora pois...

Sarkozy adverte a bancos que se recusam a emprestar

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, lançou nesta sexta-feira uma advertência aos banqueiros, acusados de receber o dinheiro dos contribuintes sem reabrir a torneira dos créditos, e relançou a idéia de uma nacionalização no setor.

Quinta-feira, Sarkozy pediu ao mediador René Ricol, nomeado na semana passada para enfrentar a crise financeira, que denunciasse "os exemplos de restrição inaceitável de crédito em cada departamento e em cada estabelecimento".

"Muito risco ontem, muita prudência hoje: ambos os casos são negativos. Que todos os que se arriscaram, ontem, não venham com uma prudência excessiva, hoje, para que, depois da crise bancária, tenhamos uma crise econômica", afirmou Sarkozy.

O mediador ressaltou que o Estado não hesitará em parar de emprestar dinheiro aos bancos se esses seguirem se recusando a aumentar os créditos.

"Se os bancos fecharem a torneira do crédito, fecharemos também a torneira do crédito para os bancos", advertiu Ricol em declarações à rádio France Info.

Os bancos assumiram com o governo o compromisso de aumentar de 3% para 4% os créditos concedidos às empresas e aos particulares até o fim de 2009, em troca de um plano de resgate do setor de cerca de 360 bilhões de euros.

No entanto, eles são acusados por várias empresas e particulares de tornar mais rígidas as condições para a concessão de empréstimos, o que pode impedir qualquer possibilidade de recuperação da atividade.

A Unostra, uma das principais organizações de transportadores rodoviários, acusou os bancos de restringirem o crédito e "minar" a tesouraria das pequenas empresas. O sindicato das agências de viagens também pediu ao governo que intervenha com os bancos.

"Esse plano de resgate não é dinheiro para os banqueiros, mas para os clientes dos bancos", afirmou nesta sexta-feira o ministro francês do Trabalho, Xavier Bertrand. "Na verdade, os bancos terão que manter suas linhas de crédito como estão, e com riscos", disse Ricol.

Sarkozy "não descarta entrar diretamente no capital dos bancos" se a situação perdurar, declarou o deputado Claude Goasguen, do partido UMP, no poder.

A oposição socialista concorda com esta análise. "Se quisermos controlar os bancos, precisamos estar presentes nos bancos", ressaltou um porta-voz socialista.

"Ao contrário do que foi dito, os bancos continuam a distribuir créditos. Os bancos assumiram compromissos e estão prontos para prestar contas", respondeu a diretora-geral da Federação bancária francesa, Ariane Obolensky, ao jornal Le Parisien.

Comentários

  1. Ate quando a imprensa marrom vai deturpar os fatos, os acontecimentos ?

    ResponderExcluir
  2. mas convenhamos, luiz antônio, o Nicolas Sarkozy... pode!além de estar no primeiro ano de governo é casado com uma belle damme! e ele próprio uma versão 'james bond' da política!

    ResponderExcluir
  3. Entendo tanto de econômia quanto de física nuclear (talvés um pouco mais de econômia, afinal não sei distinguir física nuclear de qualquer outra física), e tenho acompanhado essa tal crise financeira ou bancária de longe. Porém ainda não percebi nada que pudesse bloquear o crédito no Brasil ou produzir uma crise. Me parece que alguns "espertos" estão aproveitando essa onde de crise para ganhar ainda mais. Ou é só mais uma crise do PIG!?

    ResponderExcluir

Postar um comentário

O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.

Postagens mais visitadas deste blog

No pior clube

O livro O Crepúsculo da Democracia, da escritora e jornalista norte-americana Anne Applebaum, começa numa festa de Réveillon. O local: Chobielin, na zona rural da Polônia. A data: a virada de 1999 para o ano 2000. O prato principal: ensopado de carne com beterrabas assadas, preparado por Applebaum e sua sogra. A escritora, que já recebeu o maior prêmio do jornalismo nos Estados Unidos, o Pulitzer, é casada com um político polonês, Radosław Sikorski – na época, ele ocupava o cargo de ministro do Interior em seu país. Os convidados: escritores, jornalistas, diplomatas e políticos. Segundo Applebaum, eles se definiam, em sua maioria, como “liberais” – “pró-Europa, pró-estado de direito, pró-mercado” – oscilando entre a centro-direita e a centro-esquerda. Como costuma ocorrer nas festas de Réveillon, todos estavam meio altos e muito otimistas em relação ao futuro. Todos, é claro, eram defensores da democracia – o regime que, no limiar do século XXI, parecia ser o destino inevitável de toda

Abaixo o cancelamento

A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue

OCDE e o erro do governo na gestão das expectativas

O assunto do dia nas redes é a tal negativa dos Estados Unidos para a entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Enquanto os oposicionistas aproveitam para tripudiar, os governistas tentam colocar panos quentes na questão, alegando que não houve propriamente um veto à presença do Brasil no clube dos grandes, a Série A das nações. Quem trabalha com comunicação corporativa frequentemente escuta a frase "é preciso gerenciar a expectativa dos clientes". O problema todo é que o governo do presidente Bolsonaro vendeu como grande vitória a entrada com apoio de Trump - que não era líquida e certa - do país na OCDE. Ou seja, gerenciou mal a expectativa do cliente, no caso, a opinião pública brasileira. Não deixa de ser irônico que a Argentina esteja entrando na frente, logo o país vizinho cujo próximo governo provavelmente não será dos mais alinhados a Trump. A questão toda é que o Brasil não "perdeu", como o pobre Fla-Flu que impe