A ex-diretora da Anac Denise Abreu começou a depor na comissão de Infra-Estrutura do Senado. Pelo que se ouviu até agora, no preâmbulo em que explicou as suas motivações, a mulher está bem calma e segura do que vai falar na seqüência. Se ela de fato tem bala na agulha, saberemos em breve, mas que não se espere de Denise o estilo "não sei de nada" de outros depoentes em episódios recentes e escândalos anteriores. Não deixa de ser irônico que a oposição toda tenha pedido da cabeça da "charuteira" Denise quando ela era diretora da Anac: agora, tucanos e democratas só faltam estender o tapete vermelho para madame...
A internet virou o novo tribunal da inquisição — e isso é péssimo Só se fala na rapper Karol Conká, que saiu do BBB, da Rede Globo, com a maior votação da história do programa. Rejeição de 99,17% não é pouca coisa. A questão de seu comportamento ter sido odioso aos olhos do público não é o principal para mim. Sou o primeiro a reconhecer que errei muitas vezes. Tive atitudes pavorosas com amigos e relacionamentos, das quais me arrependo até hoje. Se alguma das vezes em que derrapei como ser humano tivesse ido parar na internet, o que aconteceria? Talvez tivesse de aprender russo ou mandarim para recomeçar a carreira em paragens distantes. Todos nós já fizemos algo de que não nos orgulhamos, falamos bobagem, brincadeiras de mau gosto etc… Recentemente, o ator Armie Hammer, de Me Chame pelo Seu Nome, sofreu acusações de abuso contra mulheres. Finalmente, através do print de uma conversa, acabou sendo responsabilizado também por canibalismo. Pavoroso. Tudo isso foi parar na internet. Ergue
Blog do Nassif
ResponderExcluir11/06/08 09:21
Veja, a TAM e a Varig
Há um conjunto amplo de fatos nebulosos que podem ser explorados, aprofundados, explicados ou denunciados no caso Varig.
A revista Veja resolveu enveredar por uma linha nova: a “denúncia” de que os controladores da Varig recusaram uma proposta muito mais vantajosa da TAM, preferindo vender para a Gol.
Desafiada a mostrar os documentos, apresentou uma carta na qual a TAM, respondendo a uma proposta dos controladores da Varig, comunica o interesse em discutir a questão; anota que o preço pedido (não o ofertado) é de R$ 1,2 bi; e que as negociações teriam caráter não-vinculativo – isto é, que sua carta não era apenas uma manifestação de intenção, não uma proposta.
O que determina o valor de venda obviamente não é o que o vendedor propõe, mas o que o(s) comprador(es) está disposto a pagar. E a TAM faria uma proposta depois de analisar a situação da Varig.
Vários fatores influem no preço final:
1. Os dados de desempenho e o valor estratégico da companhia.
2. Os fatores de risco (jurídico, financeiro, trabalhista etc.)
3. A pressa do vendedor.
Era fato público que os controladores estavam com a corda no pescoço. E é fato público – a partir do comunicado da TAM – que ela considerou excessivos os riscos do negócio e preferiu não apresentar uma proposta formal. Assim, apenas a Gol ficou no páreo e acabou pagando um preço salgado – em comparação com o preço pago pelo fundo no leilão da Varig -, mas logicamente muito abaixo das pretensões dos vendedores.
Portanto, se a única prova da revista é a carta da TAM, a matéria relatada pela revista não se sustenta nos fatos.
enviada por Luis Nassif