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Serra vs. Alckmin: o que dói é a grana

Mais de um jornal já publicou a história da lista de apoio à tese da coligação entre PSDB e DEM na capital paulista, que estaria sendo patrocinada pelo governador José Serra para detonar, na Convenção do dia 22 de junho, as pretensões de Geraldo Alckmin de ser o candidato tucano nas eleições de outubro. Sim, a tal lista existe, mas dela não reclamam os alckimistas, seguros da maioria que possuem para a indicação do candidato. Nos bastidores tucanos, a maior reclamação é sobre a pressão de Serra em outra seara - a do financiamento da campanha. Tucano nenhum admite em público, mas "off the records" os aliados do ex-governador Geraldo Alckmin explicam que José Serra mandou "secar a fonte": empreiteiro com obra na prefeitura ou governo do Estado que der o din-din para Geraldo vai para o fim da fila no que tem a receber da administração pública paulista e paulistana. É, digamos assim, um jogo bruto, típico de quem pensa que o lugar do corpo humano que mais dói é mesmo o bolso. Ou seja, típico de José Serra.

Falando em dinheiro, o esperto blogueiro James Akel reparou que Alckmin anda dizendo nos últimos dias que a cidade de São Paulo está "muito escura", em uma óbvia sinalização de que, uma vez eleito prefeito, o ex-governador poderá abrandar a legislação do Cidade Limpa de Gilberto Kassab. Ora, conclui Akel, esse discurso tem destinatário certo: as empresas de mídia externa, um dos ramos que sobraram para o valente Geraldo passar o chapéu e obter fundos para a sua campanha.

A soma de tudo isto é muito simples. Vença Alckmin ou vença Serra no próximo dia 22, o PSDB já começa a corrida eleitoral deste ano com um racha gravíssimo, que pode até deixar sequelas para o processo interno de escolha do candidato a presidente em 2010. Marta Suplicy e o presidente Lula agradecem...

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