O encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com quase quatro dezenas de intelectuais, na terça-feira, em São Paulo, teve dois objetivos: prestar contas sobre as ações do governo e apresentar a ministra Dilma Rousseff como candidata do PT à presidência da República em 2010. Um dos participantes do encontro contou a este blog que Lula fez uma exposição sobre política externa, as relações do governo com os movimentos sociais e falou de algumas questões delicadas, evitando apenas temas econômicos.
Sobre o Paraguai, Lula disse que não pretende desestabilizar o seu colega recém-eleito, Fernando Lugo, mas reafirmou a posição do governo brasileiro de que o Tratado de Itaipu é inegociável. Contou também que mantém uma boa relação com Hugo Chávez, o que não ocorre com Evo Morales. Tratando das questões internas, explicou ter excelentes relações com praticamente todos os movimentos sociais, à exceção do MST, que, segundo ele, está atualmente muito dividido. Também reclamou do PT, que não teria encampado a idéia de realizar, ainda neste mandato, a reforma política, um desejo do presidente.
Ao terminar a exposição, Lula passou a palavra aos ministros que o acompanhavam - Fernando Haddad, da Educação, Luiz Dulci, da secretaria-geral da Presidência, e Dilma, chefe da Casa Civil. A ministra falou sobre o PAC e fez uma exposição técnica sobre as iniciativas do governo federal, mas falou também sobre os casos do Dossiê FHC e Varig, assegurando aos presentes a lisura do governo nos dois episódios. Lula comentou que viveu um ano difícil em 2005 e que Dilma agora está passando por um momento que guarda alguma semelhança com o que ele viveu, embora em proporções bem diferentes.
Ao final, a impressão que ficou ao interlocutor do blog foi de que o encontro serviu como uma espécie de apresentação da ministra-candidata à elite da intelectualidade petista. Ela não conhecia pessoalmente boa parte dos presentes e ficou até um pouco nervosa ao iniciar a sua explanação. Depois, demonstrou segurança, mas limitou-se a uma análise técnica da conjuntura, sem abordar aspectos políticos ou apresentar idéias próprias.
O jogo ainda está começando e muita água vai rolar por debaixo da ponte até 2010. Mas parece cada vez mais óbvio que a "mãe do PAC" é a escolhida do presidente. Se aguentar o tranco e resistir à inevitável carga que a oposição deve fazer sobre ela até lá, Dilma terá um cabo eleitoral de peso para a campanha. Não é garantia de vitória tranquila, mas pelo que se vê na falta de críticas a Lula por parte dos princiapais presidenciáveis da oposição - Aécio Neves e José Serra –, é melhor ter o presidente como aliado do que como adversário...
Sobre o Paraguai, Lula disse que não pretende desestabilizar o seu colega recém-eleito, Fernando Lugo, mas reafirmou a posição do governo brasileiro de que o Tratado de Itaipu é inegociável. Contou também que mantém uma boa relação com Hugo Chávez, o que não ocorre com Evo Morales. Tratando das questões internas, explicou ter excelentes relações com praticamente todos os movimentos sociais, à exceção do MST, que, segundo ele, está atualmente muito dividido. Também reclamou do PT, que não teria encampado a idéia de realizar, ainda neste mandato, a reforma política, um desejo do presidente.
Ao terminar a exposição, Lula passou a palavra aos ministros que o acompanhavam - Fernando Haddad, da Educação, Luiz Dulci, da secretaria-geral da Presidência, e Dilma, chefe da Casa Civil. A ministra falou sobre o PAC e fez uma exposição técnica sobre as iniciativas do governo federal, mas falou também sobre os casos do Dossiê FHC e Varig, assegurando aos presentes a lisura do governo nos dois episódios. Lula comentou que viveu um ano difícil em 2005 e que Dilma agora está passando por um momento que guarda alguma semelhança com o que ele viveu, embora em proporções bem diferentes.
Ao final, a impressão que ficou ao interlocutor do blog foi de que o encontro serviu como uma espécie de apresentação da ministra-candidata à elite da intelectualidade petista. Ela não conhecia pessoalmente boa parte dos presentes e ficou até um pouco nervosa ao iniciar a sua explanação. Depois, demonstrou segurança, mas limitou-se a uma análise técnica da conjuntura, sem abordar aspectos políticos ou apresentar idéias próprias.
O jogo ainda está começando e muita água vai rolar por debaixo da ponte até 2010. Mas parece cada vez mais óbvio que a "mãe do PAC" é a escolhida do presidente. Se aguentar o tranco e resistir à inevitável carga que a oposição deve fazer sobre ela até lá, Dilma terá um cabo eleitoral de peso para a campanha. Não é garantia de vitória tranquila, mas pelo que se vê na falta de críticas a Lula por parte dos princiapais presidenciáveis da oposição - Aécio Neves e José Serra –, é melhor ter o presidente como aliado do que como adversário...
Comentários
Postar um comentário
O Entrelinhas não censura comentaristas, mas não publica ofensas pessoais e comentários com uso de expressões chulas. Os comentários serão moderados, mas são sempre muito bem vindos.